Usar adoçante aumenta risco de declínio cognitivo, diz estudo da USP

O uso de adoçantes pode estar associado ao aceleramento do declínio cognitivo em adultos, aponta estudo publicado na revista científica Neurology

Por Bruna Castelo Branco.

O uso de adoçantes pode estar associado ao aceleramento do declínio cognitivo em adultos, aponta estudo publicado na quarta-feira (3) na revista científica Neurology. A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de São Paulo (USP).

O levantamento acompanhou 12.772 servidores públicos brasileiros ao longo de oito anos, utilizando dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto, iniciado em 2008. Os participantes, todos com mais de 35 anos, responderam questionários alimentares e realizaram testes de memória e raciocínio.

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Os participantes, todos com mais de 35 anos, responderam questionários alimentares e realizaram testes de memória e raciocínio. | Foto: Ilustrativa/Pixabay

De acordo com os resultados, o grupo com maior consumo de adoçantes apresentou taxa 62% maior de declínio cognitivo global e 173% maior de perda da fluência verbal, em comparação ao grupo de baixo consumo. O efeito foi mais evidente em pessoas com menos de 60 anos.

Entre os compostos avaliados estão adoçantes artificiais de baixo ou nenhum valor calórico, como aspartame, sucralose e sacarina. O consumo médio relatado foi de 92 mg por dia. Os voluntários foram divididos em três grupos: alto, médio e baixo consumo. O consumo médio também foi associado a um aumento de 35% na manifestação do declínio cognitivo geral em relação ao grupo de baixo consumo.

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Entre os compostos avaliados estão adoçantes artificiais de baixo ou nenhum valor calórico, como aspartame, sucralose e sacarina. | Foto: Ilustrativa/Pixabay

Os pesquisadores destacam que a análise considerou fatores como idade, sexo, renda, estilo de vida e condições clínicas, incluindo diabetes.

Apesar dos achados, os autores ressaltaram que o estudo é de caráter observacional. Isso significa que não é possível afirmar uma relação de causa e efeito, mas sim uma associação estatística robusta.

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