Rio Grande do Sul já confirmou 19 casos de leptospirose após chuvas; conheça os sintomas
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, que pode estar presente na água ou lama em locais com enchente
Por Da Redação.
A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul informou, nesta segunda-feira (20/5), que já registrou 19 casos confirmados de leptospirose nas últimas semanas, após as chuvas que atingiram o estado. Outros 304 casos suspeitos foram identificados.
Um homem, de 67 anos, morreu. Identificado como Eldo Gross pela prefeitura de Travesseiro, no Vale do Taquari, ele começou a ter sintomas no dia 9 de maio. O óbito aconteceu na sexta-feira (17) e a confirmação de que o homem foi vítima da leptospirose aconteceu na segunda, após resultado positivo na amostra analisada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).
Esse é o primeiro caso de óbito por leptospirose confirmado no Rio Grande do Sul após as enchentes registradas desde o final de abril.
A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, que pode estar presente na água ou lama em locais com enchente. O contágio pode ocorrer a partir do contato da pele ou de mucosas com a água contaminada.
SINTOMAS
Os primeiros sintomas da leptospirose surgem de cinco a 14 dias após a contaminação. Os principais sintomas são:
- Febre; - Dor de cabeça; - Fraqueza; - Dores no corpo (em especial, na panturrilha); - Calafrios.
Outra característica marcante da doença, em alguns casos, é apresentar olhos vermelhos. Quadros mais graves ocorrem em aproximadamente 15% dos indivíduos, a partir da segunda semana, quando há aumento da produção de anticorpos. Os principais sintomas nesta fase são:
- Icterícia (pele e olhos amarelados); - Insuficiência renal; - Alteração no nível de consciência; - Hemorragia; - Tosse seca e falta de ar, que podem indicar comprometimento dos pulmões.
PREVENÇÃO
Em situações de inundação, o Ministério da Saúde recomenda as seguintes medidas de prevenção:
- Cubra cortes ou arranhões com bandagens à prova d’água; - Se possível, utilize botas e luvas para reduzir o contato com a água contaminada, ou sacos plásticos duplos amarrados nas mãos e nos pés; - Após as águas baixarem, retire a lama e desinfete pisos, paredes e bancadas com água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%), na proporção de um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 15 minutos (sempre com a proteção de luvas e botas de borracha); - Não nade ou beba água doce de fonte que possa estar contaminada pela água da enchente; - Descarte alimentos e medicamentos que tiveram contato com a água da inundação; - Trate a água antes do consumo, fervendo ou utilizando hipoclorito de sódio; - Caso seja profissional de saúde ou de resgate, use equipamentos de proteção individual (EPIs); - Mantenha os alimentos guardados em recipientes bem fechados; - Deixe a cozinha limpa, sem restos de alimentos, e retire as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer; - Mantenha o terreno limpo e evite entulhos e acúmulo de objetos nos quintais.
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).