Quando é normal sentir o bebê se mexer? Estudos apontam fase ideal
Especialistas explicam quando é normal sentir o bebê se mexer e apontam variações comuns entre gestantes
Por Ananda Costa.
Você sabe quando é normal sentir o bebê mexer? A Agência Einstein explica que a percepção dos primeiros movimentos fetais ocorre, na maioria dos casos, entre a 18ª e a 22ª semana de gestação. Especialistas revelam que o intervalo é considerado normal e pode variar conforme a experiência da gestante e características físicas individuais.

Mulheres em primeira gravidez tendem a reconhecer os sinais mais tarde. Já quem engravidou antes costuma identificar a movimentação mais cedo, por estar familiarizada com a sensação. O índice de massa corporal também influencia: gestantes com menor IMC podem sentir antes, enquanto a presença de gordura abdominal pode dificultar a percepção.
Mesmo após os primeiros sinais, não há regularidade imediata. A movimentação depende da posição do feto, e muitas vezes só é percebida quando a gestante está em repouso. No início, as sensações são descritas como leves toques, vibrações ou movimentos semelhantes a “borboletas no estômago”. Com o avanço da gestação, tornam-se mais intensas, como chutes e empurrões.
Estudos apontam que o feto responde a estímulos externos, incluindo a voz materna, mas especialistas destacam que a movimentação faz parte do desenvolvimento muscular e não tem relação com tentativa de comunicação.
A ausência de movimentos até a 22ª semana não costuma indicar problema, sobretudo em primeiras gestações. Após esse período, a recomendação é observar o padrão já estabelecido. Reduções bruscas ou ausência prolongada devem ser comunicadas ao médico, embora muitos casos estejam ligados ao ciclo de sono fetal ou à distração da própria gestante durante o dia.
Relatos de aumento da atividade após o consumo de doces são frequentes, mas profissionais ressaltam que o fenômeno não deve ser usado como teste de vitalidade. O acompanhamento pré-natal e exames específicos seguem como métodos adequados para avaliar o bem-estar do bebê.
Gestação depois dos 35 anos

Ser mãe com idade materna avançada tem sido a opção de muitas mulheres. Estabilidade na carreira, finanças ou questões afetivas são alguns dos fatores que influenciam no adiamento da gravidez. E quando se decide gerar, a temática é carregada de dúvidas, medos e desinformação quanto às possibilidades de uma maternidade saudável, para mãe e bebê.
De acordo com a plataforma DataSUS, entre os anos 2000 e 2020 houve um crescimento de 16,5% no número de bebês nascidos de mulheres a partir dos 35 anos. O dado demonstra que a prorrogação da chegada dos filhos tem sido uma escolha cada vez mais comum.
Mitos e verdades
A obstetra Patrícia Schmitz explica que nem toda gravidez acima dos 35 anos é de risco, entretanto, existem possibilidades de aborto espontâneo, aparecimento de doenças gestacionais como hipertensão e diabetes, aumentando a necessidade de indução do parto e por conseguinte os índices de cesárea.
Endometriose: qual a relação com menos filhos e gravidez tardia?
Uma das causas mais comuns de dor pélvica e infertilidade, a endometriose acomete uma em cada 10 mulheres no Brasil, 57% das pacientes têm dor crônica e mais de 30% dos casos levam à infertilidade. Os dados são da Sociedade Brasileira de Endometriose.
Caracterizada pela presença de tecido endometrial fora do útero, a doença afeta globalmente 10% das mulheres em idade reprodutiva (190 milhões), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Menor número de filhos e gravidez tardia estão associados a uma maior incidência da doença.
Por ser dependente de estrogênio, a endometriose é mais frequente na fase reprodutiva, em mulheres que não têm ou têm poucos filhos e aquelas que não usam anticoncepcional, como pontua a ginecologista Renata Britto, da Clínica AMO, no Março Amarelo, mês dedicado à conscientização sobre a endometriose. Apesar de tipicamente localizadas na pelve, as lesões podem ocorrer em vários locais, incluindo órgãos como intestino e bexiga.
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