Saúde

Gestação depois dos 35 anos: especialista fala sobre cuidados e detalhes sobre o tema

Entre 2000 e 2020, houve um crescimento de 16,5% nos casos de gravidez após os 35 anos

Por Lucas Pereira

Gestação depois dos 35 anos: especialista fala sobre cuidados e detalhes sobre o temailustrativa/Pexels
Ser mãe com idade materna avançada tem sido a opção de muitas mulheres. Estabilidade na carreira, finanças ou questões afetivas são alguns dos fatores que influenciam no adiamento da gravidez. E quando se decide gerar, a temática é carregada de dúvidas, medos e desinformação quanto às possibilidades de uma maternidade saudável, para mãe e bebê.
De acordo com a plataforma DataSUS, entre os anos 2000 e 2020 houve um crescimento de 16,5% no número de bebês nascidos de mulheres a partir dos 35 anos. O dado demonstra que a prorrogação da chegada dos filhos tem sido uma escolha cada vez mais comum.
Mitos e verdades
A obstetra Patrícia Schmitz explica que nem toda gravidez acima dos 35 anos é de risco, entretanto, existem possibilidades de aborto espontâneo, aparecimento de doenças gestacionais como hipertensão e diabetes, aumentando a necessidade de indução do parto e por conseguinte os índices de cesárea.
Neste último, a especialista esclarece que é um dos principais mitos envolvendo a fecundidade feminina, no qual, na crença popular, as mulheres com idade materna avançada não conseguem engravidar e consequentemente não podem ter um parto normal.
Recomendações
“Cada caso é um caso, inclusive, mediante evidência científica, é a via de parto mais segura para a maioria das mulheres”, afirma. Patrícia reforça que independente da idade, a saúde da mulher anterior à gestação e o pré-natal são cuidados essenciais para quem planeja uma gravidez saudável.
O recomendado pela profissional é que a mulher busque atendimento um ano antes de engravidar. Assim, serão avaliados  déficits de nutrientes, condição física, peso, estatura e hábitos de exercícios físicos. "Além disso, o acolhimento no pré-natal se faz necessário na prevençãoou detecção precoce de patologias materno-fetais”, explica a especialista.
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