Prefeitura amplia repasse ao Aristides Maltez para R$ 18 milhões

Hospital filantrópico terá aumento no repasse municipal e reforço no SUS

Por Matheus Caldas.

A prefeitura de Salvador anunciou, nesta quinta-feira (13), um aumento de 50% no repasse de recursos municipais para o Hospital Aristides Maltez (HAM), unidade filantrópica localizada no bairro de Brotas e referência no tratamento oncológico. O montante, que anteriormente era de aproximadamente R$ 12 milhões anuais, passará para cerca de R$ 18 milhões.

O anúncio foi feito durante visita do prefeito Bruno Reis (União) e do secretário municipal da Saúde (SMS), Rodrigo Alves, à instituição. Na ocasião, foi assinada a renovação do termo de convênio entre o município e o hospital.

“Além dos recursos que nós repassamos do SUS para esta importante instituição que é contratualizada junto à Prefeitura, hoje, nós ampliamos a nossa parceria com recursos próprios, incrementando em mais R$ 6 milhões para ajudar nessa excelente obra. Essa instituição realiza um trabalho magnífico, salvando milhares de vidas. É a principal instituição no combate e tratamento ao câncer da Bahia”, afirmou o prefeito.

Hospital Aristides Maltez é tratamento no tratamento oconlógico | Foto: Matheus Caldas/Aratu On

O HAM, administrado pela Liga Bahiana Contra o Câncer (LBCC), possui 255 leitos e mais de 200 médicos especializados. A unidade recebe, diariamente, uma média de 3,5 mil pacientes, oriundos de diversos municípios da Bahia e de estados vizinhos. Em 2024, foram realizadas 8,8 mil cirurgias, 11,7 mil internações e 209,2 mil consultas.

A presidente da LBCC, Maria Romilda Maltez, destacou a importância do apoio financeiro da Prefeitura para a manutenção dos serviços prestados pelo hospital.

“Esses recursos são imprescindíveis para nós, porque nós somos um hospital 100% SUS, e a maior parte do dinheiro que a gente recebe do sistema vem através da Prefeitura, e uma pequena parte através do convênio que temos com o estado”, afirmou.

Convênio foi firmado entre a prefeitura e o hospital | Foto: Matheus Caldas/Aratu On

Ela explicou que os valores repassados pelo município cobrem cerca de 90% das despesas da unidade e que o aumento nos repasses ajudará a reduzir o déficit financeiro.

“O hospital é deficitário, por ser um hospital oncológico 100% SUS, e agora esse aumento de recursos, esse aporte que a Prefeitura nos concede, vai ajudar a diminuir esse déficit, que é o que a gente sempre procura. Essa parceria com a Prefeitura é o que nos mantém praticamente, porque corresponde a mais ou menos 90% da nossa receita mensal”, completou Maria Romilda Maltez.

O secretário municipal da Saúde, Rodrigo Alves, detalhou a composição dos recursos transferidos pelo município ao HAM. Segundo ele, além dos valores federais do SUS, que totalizam R$ 18 milhões mensais, há o aporte financeiro direto da Prefeitura, que foi ampliado de R$ 12 milhões para R$ 18 milhões anuais.

“A Prefeitura tem um contrato com o Aristides Maltez no qual repassa recursos federais do SUS para o hospital. Ou seja, o hospital faz os atendimentos, a gente homologa esses atendimentos junto ao Ministério da Saúde e a gente repassa os valores diretamente. Dessa forma, são R$ 18 milhões por mês”, explicou.

Ele também destacou a importância da parceria entre as diferentes esferas do poder público e as entidades filantrópicas para garantir o atendimento à população.

“O SUS tem essa beleza, né? É um sistema que une as três esferas da federação - União, município e estado - em apoio às entidades filantrópicas, que são um braço importante para a prestação de serviço de saúde pública em nosso país. A gente reconhece a importância do SUS e da obra do Aristides Maltez ao ponto de sermos o maior apoiador desta instituição”, afirmou Rodrigo Alves.

Além destes investimentos, a prefeitura articula junto às Forças Armadas a sessão de três imóveis situados em frente ao hospital. O intuito é criar um centro exclusivo para diagnósticos. "Tem muita gente que precisa fazer um exame mais especializado, não tem para onde ir e não pode vir para aqui, porque já temos tanta gente para tratar de câncer", explicou Maria Romilda.

Atualmente, o hospital só aceita que tem diagnóstico de câncer ou "suspeita muito grande" apontada em exames de imagem: "Esse centro vai desafogar e melhorar as condições, porque aqui é sempre muito cheio. Principalmente as questões físicas e de deslocamento. E também vai acolher pessoas que precisam de diagnóstico", finalizou a dirigente.

A prefeitura vai, ainda, promover a requalificação da Avenida D. João VI. Com isto, um camelódromo será construído em frente ao hospital, com objetivo de ordenar os ambulantes instalados nas imediações do hospital.

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