Estudos mostram que CoronaVac tem eficácia contra três variantes do novo coronavírus
Os estudos preliminares foram realizados pelo instituto Butantan, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP).
A vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, é eficaz contra as três variantes do novo coronavírus que estão circulando no país: a britânica, a sul-africana e brasileira. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (10/3), pelo diretor do Butantan, Dimas Covas.
De acordo com estudos preliminares realizados pelo instituto, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), incluíram amostras de 35 pessoas, vacinados na Fase 3.
“Temos que avaliar se as vacinas produzem anticorpos contra essas variantes. E foi o que fizemos. Já sabíamos que os anticorpos produzidos pela vacina do Instituto Butantan tinham eficiência contra as variantes do Reino Unido e da África do Sul. E agora o estudo feito em associação com a USP mostra que a vacina tem eficiência também com as variantes P.1 e P.2. Portanto, estamos diante de uma vacina que é efetiva em proteção contra as variantes que estão circulando neste momento”, explicou Covas.
O estudo completo inclui um número maior de participantes, e também já está em análise. Os resultados completos ainda serão divulgados. A vacina do Butantan é produzida com vírus inativado e tem todas as partes dele. Isso pode gerar uma resposta imune mais abrangente em relação ao que ocorre com outras vacinas que usam somente uma parte da Spike, a proteína utilizada pelo coronavírus para infectar as células.
Os testes que têm sido feitos pelo instituto, para estudar a eficácia do imunizante contra as variantes, consiste em usar o soro das pessoas vacinadas, que é colhido por meio de exame de sangue. As amostras são colocadas em um cultivo de células e, posteriormente, infectadas com as variantes. A neutralização consiste em testar se os anticorpos gerados em decorrência da vacina vão neutralizar (combater) o vírus nesse cultivo.
“As variantes são novas formas do mesmo vírus. E algumas variantes têm características extremamente preocupantes”, afirma o diretor da instituição. Ele ainda esclarece que a do Reino Unido tem a transmissibilidade aumentada de 30% a 50% e aumento de gravidade dos casos superior a 30%. Já a África do Sul, que determina aumento da carga viral das pessoas infectadasme transmissão aumentada, além de ser resistente à neutralização dos anticorpos produzidos por algumas vacinas e até pela infecção natural. A variante brasileira tem mutação comum à da África do Sul, no entanto, a de Manaus concentra as mutações observadas nas variantes britânica e sul-africana. "Portanto, essa é uma variante que preocupa e que explica, em parte, o momento grave da pandemia”, alerta Covas.
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