Dietas vegetarianas podem beneficiar o cérebro, diz estudo; entenda
Dietas vegetarianas e veganas seguem sendo associadas a benefícios relevantes para o cérebro
Por Da Redação.
Dietas vegetarianas e veganas seguem sendo associadas a benefícios relevantes para a saúde, incluindo a neurológica. Uma nova revisão de estudos, publicada na revista Nutrients, reforça essa ligação ao analisar pesquisas sobre os efeitos de padrões alimentares baseados em vegetais na saúde do cérebro.
Os resultados indicam que uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes, grãos e sementes pode exercer ação neuroprotetora, devido à presença de substâncias com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Compostos como carotenoides, polifenóis, vitaminas e minerais ajudam a neutralizar radicais livres — moléculas que, em excesso, estão relacionadas a doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
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Outro destaque é o papel das fibras alimentares, abundantes nesse tipo de dieta. Elas favorecem a saúde da microbiota intestinal, que, por sua vez, influencia a produção de neurotransmissores, substâncias químicas essenciais para a comunicação entre as células do cérebro.
Além dos benefícios neurológicos, há evidências de que dietas predominantemente vegetais favorecem a saúde cardiovascular e contribuem para maior longevidade, especialmente quando há substituição parcial ou total das proteínas animais por fontes vegetais, como feijões, lentilhas e grão-de-bico.
Planejamento nutricional
Ao SBT News, a nutricionista Bianca Gonçales explicou que os benefícios desse tipo de alimentação são plenamente alcançados apenas com um planejamento nutricional adequado. Ela destaca que nutrientes encontrados principalmente em alimentos de origem animal, como vitamina B12, ômega-3 e ferro, podem se tornar escassos em dietas vegetarianas mais restritivas, como a vegana.
“A vitamina B12, por exemplo, é fundamental para o funcionamento do sistema nervoso e a manutenção da cognição. Sua deficiência pode levar a prejuízos de memória, concentração e humor. Vegetarianos que consomem ovos e laticínios ainda conseguem suprir boa parte da necessidade, mas veganos frequentemente precisam recorrer à suplementação”, explica.
Bianca acrescenta que “planejar refeições com antecedência também pode reduzir a tentação de recorrer a alimentos menos saudáveis”.
O ômega-3 também merece atenção. De acordo com a nutricionista, ele é um aliado da saúde cerebral, por manter a integridade das membranas dos neurônios. Peixes como salmão e sardinha são fontes diretas dessas substâncias, mas alimentos vegetais como chia e linhaça oferecem uma versão precursora, cuja conversão no organismo humano tende a ser limitada.
O ferro, presente nos vegetais na forma não-heme, possui menor absorção pelo corpo. Entretanto, estratégias simples podem melhorar sua biodisponibilidade. “Incluir frutas ricas em vitamina C, como laranja, limão e acerola, nas refeições pode aumentar a absorção do mineral”, orienta a especialista.
Com informações do SBT News
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