‘Dezembro Vermelho’ destaca prevenção, diagnóstico e combate ao estigma do HIV/Aids
Entre os principais sintomas da Aids estão: perda de peso prolongada, diarreia crônica, febre persistente, tosse seca, inchaço dos gânglios linfáticos, candidíase oral ou esofágica, e manchas ou feridas na pele
O Dia Mundial de Combate à Aids, celebrado neste domingo (1), marca o início do "Dezembro Vermelho", uma campanha que reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado do HIV e da Aids. A data também busca combater o preconceito e a desinformação em torno da síndrome, causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).
Na Bahia, segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), foram registrados 22.164 casos de HIV/Aids entre 2019 e 2024, sendo 3.309 notificações somente até 25 de novembro deste ano. Homens jovens, com idades entre 20 e 34 anos, concentram 46,4% das infecções no período analisado.
Diferença entre HIV e Aids
O infectologista Claudilson Bastos, consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, destaca que é fundamental compreender a diferença entre HIV e Aids. "O portador do vírus HIV é o indivíduo que, após uma infecção aguda, pode permancer por um tempo prolongado sem manifestações clínicas. Já a Aids, a Síndrome da Imunodeficiência Humana, surge após a fase de latência do vírus, aparece depois do período de latência do HIV e, neste momento, a pessoa pode apresentar infecções ou doenças oportunistas diversas", esclarece.
Entre os principais sintomas da Aids estão: perda de peso prolongada, diarreia crônica, febre persistente, tosse seca, inchaço dos gânglios linfáticos, candidíase oral ou esofágica, e manchas ou feridas na pele.
De acordo com o especialista, ao identificar esses sinais, o paciente deve buscar uma unidade de saúde imediatamente para diagnóstico e tratamento, o que pode levar à redução da carga viral ao nível indetectável, eliminando a transmissão sexual do vírus.
Estratégias de prevenção
As principais formas de prevenção incluem o uso de preservativos em todas as relações sexuais e o **não compartilhamento de seringas e agulhas. Disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a medicação garante mais de 90% de segurança e consiste na utilização diária de uma combinação de dois medicamentos antirretrovirais (tenofovir + entricitabina):
- PrEP (Profilaxia Pré-Exposição): Consiste no uso diário de uma combinação de dois medicamentos antirretrovirais (tenofovir + emtricitabina), com eficácia superior a 90%. O uso deve ser orientado por um médico.
- PEP (Profilaxia Pós-Exposição): Indicado em situações de exposição de risco, o tratamento deve começar nas primeiras duas horas após a exposição e durar 28 dias.
O infectologista reforça a importância de evitar comportamentos de risco, como relações desprotegidas e compartilhamento de objetos perfurantes. Ele também recomenda a realização frequente de testagens após situações de exposição ao vírus. "Com prevenção e diagnóstico precoce, é possível reduzir significativamente a transmissão do HIV e garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes", conclui.
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