Carne vermelha em excesso aumenta risco de Alzheimer e Parkinson, diz estudo

A pesquisa, conduzida por cientistas da Espanha e da Suécia e publicada em julho na revista Nature Aging, acompanhou 2.473 idosos

Por Bruna Castelo Branco.

Um estudo internacional realizado ao longo de 15 anos aponta que dietas ricas em carne vermelha, alimentos processados e bebidas adoçadas podem aumentar o risco de doenças neurológicas relacionadas ao envelhecimento, como demência, Alzheimer e Parkinson.

A pesquisa, conduzida por cientistas da Espanha e da Suécia e publicada em julho na revista Nature Aging, acompanhou 2.473 idosos, a maioria mulheres com pouco mais de 70 anos. Os participantes não seguiram dietas específicas, mas tiveram seus hábitos alimentares analisados e classificados de acordo com padrões nutricionais reconhecidos.

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Um estudorealizado ao longo de 15 anos aponta que dietas ricas em carne vermelha, alimentos processados e bebidas adoçadas podem aumentar o risco de doenças neurológicas. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Alzheimer: a forma mais comum de demência

O Alzheimer é uma doença progressiva que compromete a memória e outras funções cognitivas. Ainda sem causa definida, está associado a fatores genéticos e representa mais da metade dos casos de demência registrados no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

Os primeiros sinais costumam ser lapsos de memória recente, que evoluem para dificuldades em recordar fatos antigos, confusão de tempo e espaço, alterações na fala, irritabilidade e mudanças de comportamento.

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O Alzheimer é uma doença progressiva que compromete a memória e outras funções cognitivas. | Foto: Ilustrativa/Pexels

Influência da alimentação

De acordo com os dados observacionais, indivíduos que consumiam mais carne vermelha, ultraprocessados e bebidas açucaradas apresentaram maior risco de desenvolver não apenas doenças neurológicas, mas também depressão e condições comuns na terceira idade, como diabetes, artrite, osteoporose, problemas cardíacos e câncer.

Já aqueles que seguiam rotinas alimentares consideradas mais saudáveis — com frutas, vegetais, nozes, legumes, peixes, grãos integrais, azeite de oliva e consumo limitado de carnes e processados — tiveram progressão mais lenta das doenças neurológicas. Em média, esse grupo desenvolveu de duas a três doenças a menos em comparação com quem mantinha dietas de menor qualidade.

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De acordo com os dados observacionais, indivíduos que consumiam mais carne vermelha, ultraprocessados e bebidas açucaradas apresentaram maior risco. | Foto: Ilustrativa/Pexels

“Nossos resultados mostram a importância da dieta para influenciar o desenvolvimento de multimorbidade em populações idosas”, destacou o coautor do estudo, Adrián Carballo–Casla, em entrevista ao portal britânico Daily Mail.

Os pesquisadores afirmam que novos trabalhos deverão avaliar quais planos alimentares trazem mais impacto positivo na longevidade e saúde dos idosos.

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