Saúde

Bahia vai voltar a realizar transplantes de coração até outubro, diz Sesab; serviço está suspenso há mais de um ano

Último transplante cardíaco no estado foi realizado em janeiro de 2022

Por Juana Castro

Bahia vai voltar a realizar transplantes de coração até outubro, diz Sesab; serviço está suspenso há mais de um anoCréditos da foto: ilustrativa/Pexels

Sem realizar transplantes de coração há um ano e sete meses, a Bahia deve retomar o serviço até outubro de 2023, no Hospital Ana Nery, em Salvador. A informação foi divulgada ao Aratu On pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), nesta quarta-feira (23/8).


De acordo com a assessoria de imprensa da Sesab, a realização do transplante foi paralisada por conta do reflexo da pandemia, que gerou "uma mobilização para oferta de outros serviços". O último transplante cardíaco, contudo, foi feito em janeiro de 2022.


Como no Brasil as listas de espera para transplantes são únicas e estaduais - ou seja, não há uma lista para cada hospital ou cidade -, e a lista da Bahia para transplante cardíaco não está ativa, o paciente é encaminhado para outro estado. Nesses casos, o deslocamento e a estadia são custeados pela Sesab, porque o país possui um programa público de transplantes de órgãos, tecidos e células, garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


DADOS


De janeiro a julho de 2023 foram realizados 587 transplantes na Bahia, sendo 21 hepáticos (fígado), 172 renais, 311 de córneas e 83 de medula. Atualmente, há 2,8 mil pessoas na lista de espera, precisando de rim (1.597), córneas (1.252) e fígado (22).


TRANSPLANTES NO BRASIL


O Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior programa público de transplantes de órgãos, tecidos e células do mundo. Ainda assim, a quantidade de pessoas em listas de espera ainda é grande.


Segundo o Ministério da Saúde, mais de 65 mil pessoas estão cadastradas no Sistema Nacional de Transplantes (SNT) para receber um novo órgão, em todo o país. Dessas, quase 400 esperam um coração.


De forma geral, existem dois tipos de doadores: o vivo, que pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a própria saúde, e o doador falecido, que tenha tido morte cerebral. Nesse caso, é preciso que a família autorize a doação dos órgãos. Ou seja, se essa for uma vontade sua, avise a seus familiares para ter seu desejo respeitado.


Após a autorização serão feitos exames para verificar a compatibilidade entre doador e receptor. Se tudo estiver dentro dos critérios estabelecidos pelas autoridades de saúde, o doador é encaminhado para a cirurgia de retirada de órgãos.


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