Saúde

Seis pacientes contraem HIV após transplante de órgãos

A investigação subsequente revelou que os órgãos transplantados vieram de um único doador

Por Da Redação

Seis pacientes contraem HIV após transplante de órgãosIlustrativa/Pexels

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério Público estão apurando a contaminação de seis pacientes transplantados no Rio de Janeiro que contraíram o vírus HIV após receberem órgãos. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou os casos nesta sexta-feira (11/10), e classificou a situação como inédita.


"Esta é uma situação sem precedentes", afirmou a secretária estadual de saúde, Cláudia Mello. O problema foi identificado em 10 de setembro, quando um dos pacientes apresentou sintomas neurológicos e testou positivo para HIV, embora não fosse portador do vírus antes do transplante. A investigação subsequente revelou que os órgãos transplantados vieram de um único doador, e outros dois casos de contaminação foram confirmados. Recentemente, há cerca de uma semana, outro paciente receptor de órgãos testou positivo, totalizando seis infectados.


Os órgãos doados passaram por testes no PCS Laboratórios, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Porém, a Anvisa descobriu que o laboratório não possuía kits adequados para a realização dos exames de sangue e não apresentou comprovação de compra desses materiais. Existe a suspeita de que os testes tenham sido forjados, levantando sérias dúvidas sobre a segurança dos processos adotados pelo laboratório.


A contratação emergencial do PCS Laboratórios foi feita pela Fundação Saúde, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde, devido à sobrecarga do Hemorio, que geralmente realiza esses testes. A situação gerou grande preocupação, e as investigações continuam para determinar as responsabilidades. Confira, abaixo, a nota da Secretaria Estadual de Saúde na íntegra:


A Secretaria de Estado de Saúde (SES) considera o caso inadmissível. Uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados e, imediatamente, foram tomadas medidas para garantir a segurança dos transplantados.


O laboratório privado, contratado por licitação pela Fundação Saúde para atender o programa de transplantes, teve o serviço suspenso logo após a ciência do caso e foi interditado cautelarmente. Com isso, os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio.


A Secretaria está realizando um rastreio com a reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a partir de dezembro de 2023, data da contratação do laboratório.


Uma sindicância foi instaurada para identificar e punir os responsáveis. Por necessidade de preservação das identidades dos doadores e transplantados, bem como do encaminhamento da sindicância, não serão divulgados detalhes das circunstâncias.


Esta é uma situação sem precedentes. O serviço de transplantes no estado do Rio de Janeiro sempre realizou um trabalho de excelência e, desde 2006, salvou as vidas de mais de 16 mil pessoas.


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