Fiocruz alerta para "níveis críticos da pandemia" nas próximas semanas de abril
Boletim também aponta o risco de a pandemia se estabilizar em um patamar muito mais elevado que no ano passado.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fez um alerta nesta sexta-feira (16/4) no boletim Observatório Covid-19 pelo agravamento da pandemia. Segundo o órgão, a continuação da tendência de alta transmissão da Covid-19 no Brasil na semana passada, entre os dias 4 a 10 de abril, indica que a pandemia pode permanecer em níveis críticos ao longo deste mês.
"Na Semana Epidemiológica 14 (4 a 10 de abril), a tendência de alta de transmissão da Covid-19 se manteve no país, com valores recordes no número de óbitos (uma média de 3.020 mortos por dia) e aumento de novos casos (cerca de 70.200 casos diários). A análise aponta também que a sobrecarga dos hospitais continuou em níveis críticos", explica.
O boletim também aponta o risco de a pandemia se estabilizar em um patamar muito mais elevado que no ano passado.
Os pesquisadores ainda lembram que "a alta proporção de testes com resultados positivos revela que o vírus permanece em circulação intensa em todo o país". Para eles, as medidas restritivas adotadas por alguns estados e municípios produziram "êxitos localizados", que podem resultar na redução de casos graves da doença.
Na lista de estados, a Bahia aparece como zona vermelha, com 84% de ocupação das UTIs. Ainda assim, esse é o sétimo no ranking de menores ocupações de leitos. Salvador também aparece em sétimo lugar no ranking de capitais.
"As taxas de ocupação de leitos de UTI permanecem muito críticas, mas parece se consolidar lentamente a tendência de melhoria do quadro na Região Norte e em alguns estados como Maranhão, Paraíba, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul. Permanece a necessidade de que se empreendam esforços para controlar a disseminação da pandemia e preservar vidas", ressaltam.
Os dados mostram ainda que, até a sexta-feira da semana passada, 30,2% das pessoas vacinadas contra a covid-19 haviam recebido as duas doses do imunizante, enquanto 69,8% receberam apenas uma dose.
A Fiocruz reforça que tanto a CoronaVac quanto a Oxford/AstraZeneca preveem duas doses para que o esquema vacinal seja completo. Diante disso, é recomendado planejamento da imunização, monitoramento e busca ativa dos faltosos na segunda dose, o que é necessário para alcançar a proteção pretendida pela vacinação e não desperdiçar recursos.
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