Bolsonaro desautoriza Ministério da Saúde a comprar doses da CoronaVac, desenvolvida em São Paulo
Bolsonaro desautoriza Ministério da Saúde a comprar doses da CoronaVac, desenvolvida em São Paulo
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a realizar um acordo firmado para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan.
O acordo previa uma medida provisória para disponibilizar crédito de R$ 1,9 bilhão para a compra das medicações.
“Alerto que não compraremos vacina da China, bem como meu governo não mantém diálogo com João Dória [PSDB] sobre Covid 19", teria afirmado Bolsonaro em mensagens enviadas a ministros na terça-feira (20/10). O presidente é adversário político do governador de São Paulo.
A decisão partiu de Pazuello, que segue isolado com sintomas de Covid-19. Bolsonaro chamou o ministro para uma reunião logo cedo para cobrar explicações e por considerar o anúncio da compra prematuro, pois ainda não há sequer comprovação de eficácia do produto.
No perfil do presidente em redes sociais, apoiadores criticaram o ministro. Bolsonaro não escondeu sua insatisfação e escreveu, em letras maiúsculas, ao seguidores que questionavam sobre a adesão da vacina chinesa que, ao contrário do que prometeu Pazuello, “NÃO SERÁ COMPRADA”.
O governador João Dória, por sua vez, tem reunião nesta quarta-feira (21/10) com o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. A agência precisa autorizar o registro da vacina para que as doses possam ser disponibilizadas à população.
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