Vacina contra a Covid-19 já está sendo vendida no Feiraguay, na Bahia: verdade ou mentira?

Os baianos acordaram com uma notícia curiosa e que chamou a atenção na manhã desta terça-feira (11/8), a imagem da capa do Jornal Feira Hoje com a manchete: "Vacina de Oxford contra a Covid-19 está sendo vendida em Feira de Santana", circulou nas redes sociais e fez muita gente duvidar.

Na matéria, a informação diz que "alguns ambulantes já estão comercializando a vacina no Feiraguay" e que os consumidores "compraram a vacina, pelo preço de R$ 220,00 a unidade".

O que provocou desconfiança e levantou suspeitas desde o princípio, foi confirmado horas depois, quando o próprio jornal publicou uma nota desmentindo a publicação. "Feira Hoje é vítima de fake news envolvendo vacina contra o novo coronavírus" e lamentou o ocorrido avisando que "procedimentos legais já foram adotados."

De fato, existe uma vacina em análise na Universidade de Oxford, porém os pesquisadores estimam que ela só estará disponível no final deste ano, em uma previsão que é considerada otimista, não só por parte dos cientistas, como pela própria Organização Mundial de Saúde. O medicamento está na terceria e última fase de testes, momento em que é aplicado em humanos e voluntários brasileiros participam esta etapa do estudo que, se bem sucedido, deve garantir a produção e comercialização em larga escala do produto.

Também na manhã desta terça, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que uma vacina produzida em seu país havia sido aprovada pelo Ministério da Saúde local. A notícia gerou desconfiança na comunidade científica. Isto porque nenhum resultado dos estudos que levaram ao desenvolvimento da imunização foi publicado em periódicos especializados até o momento, prática comum no meio científico.

Após o comunicado de Putin, o governo do Paraná informou que assinar, nesta quarta-feira (12/8), um acordo com a Rússia para a produção de uma vacina contra o novo coronavírus, afirmou Jorge Callado, presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). Segundo ele, a previsão inicial é que a imunização esteja disponível no segundo semestre de 2021.

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