Coma, pulmões comprometidos e vitória: a história do médico baiano que ficou 39 dias internado com coronavírus
Coma, pulmões comprometidos e vitória: a história do médico baiano que ficou 39 dias internado com coronavírus
arquivo pessoalO instrumental da música "Noites Traiçoeiras" - que ensina uma pessoa a não desacreditar - nunca parecia cair tão bem em uma imagem. O vídeo que você verá abaixo mostra um homem deixando um hospital em cima de uma maca, rodeada por profissionais da saúde e outras pessoas.
Coma, pulmões comprometidos e vitória: a história do médico baiano que ficou 39 dias internado com coronavírus
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— Aratu On (de ??) (@aratuonline) July 22, 2020
O rapaz sorridente em cima do equipamento é Oscar Figueiredo Ribeiro, de 30 anos. Médico, trabalha no Hospital Ernesto Simões Filho, em Salvador, uma referência no combate à Covid-19 na Bahia. Mesmo com tanta dedicação - inerente aos profissionais da saúde tão homenageados desde que a pandemia começou -, seus colegas não têm sua companhia há mais de 39 dias. É que o cirurgião, vítima da doença, ficou todo esse tempo internado.
Quando a notícia chegou aos familiares no município de Macaúbas, a 627 km de Salvador, ele já estava no Hospital São Rafael, no dia 12 de junho. A partir daí, o médico travou uma batalha com a Covid-19 que parecia dura de vencer. E foi. Comprometimento dos dois pulmões, dificuldade respiratória, coma induzido e possibilidade de transplante foram alguns dos obstáculos vencidos por Oscar, que recebeu alta na última terça-feira (12/7).
— Aratu On (de ??) (@aratuonline) July 22, 2020
"Ele foi entubado no dia 21 de junho. No dia 6 de julho e já com o coma, os médicos até chegaram a conversar com um instituto de São Paulo para fazer o transplante. No dia seguinte, Oscar acordou", diz a prima, Suellen Figueiredo. Para os mais religiosos, a corrente de orações fez "milagre". Para os mais céticos, os pensamentos positivos foram determinantes. Fato é que todos que convivem ou não com o cirurgião formaram uma torcida.
"Nossa família, que é de Macaúbas, ficou mobilizada. Pessoas de outros países também entraram na corrente em prol do meu primo. Em nenhum momento nós perdemos as esperanças", lembra Suellen. Na saída da unidade de saúde, ainda debilitado por conta do coma, Ribeiro foi saudado com a pequena festa que abriu essa reportagem. Agora, ele deve fazer tratamento para recuperar movimentos perdidos por conta do coma.
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