Festa de Olojá: conheça celebração a Exu que entra no calendário de Salvador

Festa de Olojá será realizada anualmente no primeiro fim de semana de março, na Feira de São Joaquim

Por Ananda Costa.

A Festa de Olojá passou a integrar oficialmente o Calendário de Eventos de Salvador após a sanção da Lei nº 9.892/2025 pela Prefeitura. A norma estabelece que a festa será realizada todos os anos no primeiro fim de semana de março, na Feira de São Joaquim, espaço tradicional da cultura popular e da religiosidade de matriz africana na capital baiana.

Festa De Olojá. Foto: Tatiana Azeviche/Ascom Setur-BA

A celebração é dedicada a Exu, orixá associado ao comércio, à comunicação e à abertura de caminhos,  elementos relacionados à dinâmica da feira e à atividade dos feirantes. A iniciativa reconhece a relevância histórica, cultural e religiosa da Festa de Olojá no contexto sociocultural de Salvador.

A lei é de autoria do vereador João Cláudio Bacelar (Podemos), que destacou a importância do reconhecimento institucional de manifestações culturais afro-baianas. A legislação entrou em vigor no dia 11 de novembro, conforme publicação no Diário Oficial do Município.

“A Festa de Olojá é uma expressão viva da nossa cultura, da força do povo feirante e da presença de Exu como senhor dos mercados, dos caminhos e das trocas. Ao incluí-la no calendário oficial, Salvador valoriza sua identidade afro-baiana, fortalece a cultura popular e promove o respeito às religiões de matriz africana”, afirmou João Cláudio Bacelar.

Foto: Reginaldo Ipê

Festas populares

É quase impossível falar de cultura baiana sem ao menos citar a gastronomia da terra de todos os santos. Do milho como queridinho nas festas juninas às oferendas aos orixás, a comida é um elemento central que une religiosidade e celebração em diversos eventos ao longo do ano. Mais que sabores, os pratos carregam histórias e tradições.

A comida como oferenda

No 2 de fevereiro, Dia de Iemanjá, a culinária tem papel mais que simbólico. As oferendas à Rainha do Mar incluem pratos como o acarajé e o abará, mas a divindade também aprecia pratos à base de arroz e de milho, como o arroz doce e a canjica cozida no leite de coco. Outras opções populares são a cocada mole e o manjar de coco com calda de ameixa ou de pêssegos, além de, claro, frutas e flores que também compõem as cestas levadas ao mar, em um gesto de fé e gratidão.

Comidas juninas

Em junho, mês que contempla festas de Santo Antônio, São João e São Pedro, a Bahia é transformada em um caldeirão de sabores típicos, da capital ao interior do estado. Mas o milho, sem dúvidas, é o rei das comemorações, apresentando-se em diversas formas: o tradicional bolo, assado, cozido, canjica, mungunzá, entre outros. Esses últimos dois pratos, inclusive, costumam liderar debates sobre “qual o nome correto”, pois, em outros lugares do Brasil, a canjica é chamada de “curau” e o mungunzá é conhecido como canjica.

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