Vereadora volta a propor fim da validade de créditos do SalvadorCard
Projeto “Quero Meus Créditos” quer garantir uso ilimitado dos valores do SalvadorCard pagos no transporte coletivo de Salvador
Por Da Redação.
A vereadora Marta Rodrigues (PT), irmã do governador Jerônimo Rodrigues (PT), reapresentou na Câmara Municipal de Salvador o projeto de lei que propõe o fim do prazo de validade de 90 dias para os créditos adquiridos antecipadamente no SalvadorCard. A proposta, batizada de “Quero Meus Créditos”, visa permitir que os usuários utilizem os valores pagos a qualquer tempo, sem risco de perda por vencimento.
O projeto havia sido aprovado por unanimidade no Legislativo em 2021, mas foi vetado pelo prefeito Bruno Reis em 2023. Agora, volta a tramitar com o objetivo de assegurar mais direitos aos usuários do transporte público da capital baiana que utilizam o SalvadorCard.
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A proposta contempla estudantes com meia-passagem, beneficiários do vale eletrônico, usuários do bilhete avulso e trabalhadores que utilizam o vale-transporte. Com a alteração, esses cidadãos poderiam utilizar os créditos do Salvador Card sem o limite atual de 90 dias.
“Dinheiro da população não pode ter validade. Se uma pessoa investe em passagens, é direito dela decidir quando vai utilizar. O que temos hoje é um sistema que pune o cidadão, principalmente os que usam o transporte com menos frequência”, afirmou Marta Rodrigues.
Segundo a vereadora, o projeto atende a uma demanda antiga dos usuários e se baseia na campanha virtual “Quero Meus Créditos”, lançada em 2020, que reuniu mais de 6 mil assinaturas em apoio à causa. Durante a pandemia, passageiros relataram a perda dos créditos vencidos sem reembolso, agravada pela suspensão do benefício “Domingo é Meia” e pelos problemas no sistema de transporte coletivo.
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Para Marta, limitar o uso dos créditos é uma forma de restringir o direito de ir e vir da população. Ela aponta que a medida afeta diretamente mais de 1 milhão de cartões ativos em Salvador.
“Reapresentamos o PL porque entendemos que nosso dever, enquanto poder público, é melhorar a vida das pessoas. E garantir acesso ao que já foi pago é o mínimo que se espera de um sistema justo e transparente”, finalizou a vereadora.
A expectativa é que o Legislativo mantenha o apoio demonstrado anteriormente e que o Executivo municipal reavalie a proposta à luz dos impactos sociais e econômicos para a população.
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