Novo ministro da Comunicação, Sidônio quer vencer 'mentiras' da extrema-direita: 'Movimento macabro'
No discurso de posse, Sidônio disse que combater a desinformação e o discurso de ódio são medidas essenciais para manter a democracia viva
O baiano Sidônio Palmeira, natural de Vitória da Conquista, tomou posse como ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) nesta terça-feira (14). No discurso de posse, o publicitário disse que combater a desinformação e o discurso de ódio são ações essenciais para manter a democracia viva em todo o mundo, e destacou o movimento de disseminação de "fake news" da extrema-direita nas redes sociais:
"A mentira nos ambientes digitais, fomentada pela extrema-direita, cria uma cortina de fumaça na vida real, manipula pessoas inocentes e ameaça a humanidade. Esse movimento aprofunda o negacionismo, a xenofobia, e as violências raciais e de gênero [...]. Pavimenta a cultura do ódio, do cancelamento e o individualismo. Para fazer frente a esse movimento macabro, precisamos ampliar a concepção do papel da comunicação no mundo".
No evento, estiveram presentes o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama, Janja Lula da Silva, o antigo ministro da Secom, Paulo Pimenta, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o senador Jaques Wagner (PT-BA).
Por mais que tenha atuado em campanhas políticas, Sidônio afirmou que nunca planejou estar em um cargo público. Foto: Pablo Reis/TV Aratu
Sidônio Palmeira: histórico
A aproximação do novo ministro com o Partido dos Trabalhadores (PT) aconteceu em 2006, quando assumiu a direção da campanha vitoriosa de Jaques Wagner ao governo da Bahia. Sidônio também teve papel destacado na eleição de Rui Costa para o governo estadual em 2010. Em 2022, ele também atuou na campanha presidencial de Lula.
Contudo, por mais que tenha atuado em campanhas políticas, Sidônio afirmou que nunca planejou estar em um cargo público. "O baiano, quando bota um paletó e gravata, quando se arruma, antigamente, era para ir até um orelhão e ligar para São Paulo. Então, não estou acostumado com isso, terei que me adaptar", brincou.
"Aceitar um convite é aceitar que há algo precioso a ser vivido. Nunca esteve nos meus planos estar aqui, embora eu considere a política, a gestão pública, como únicas vias de construções de uma sociedade mais justa. Não sou de política partidária, nunca pensei, nem pretendia, ter um cargo público, um mandato, ou carreira na política institucional. O que me traz até aqui é a força que me fez contribuir nas eleições de 2022, as mais importantes da história do país, e a força de estar do lado certo da história", disse ele, que ressaltou:
"Também assumo esse desafio guiado pelo meu sentimento de justiça. Temos um presidente que assumiu um país destruído, desmoralizado, para governar. Em apenas dois anos, [...] o nosso país voltou a ser respeitado pelo mundo".
Formado em engenharia, Sidônio entrou na área de comunicação em 1992, ao comandar a campanha que elegeu Lídice da Mata para à prefeitura de Salvador. A partir desse momento, o publicitário se consolidou como um nome influente na política baiana e nacional.
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