Rede municipal terá reposição de aulas a partir de setembro
Além de reposição de aulas a partir de setembro, rede municipal terá sábados letivos e extensão do ano escolar até fevereiro de 2026
Por João Tramm.
A Secretaria Municipal da Educação de Salvador divulgou, nesta terça-feira (26), no Diário Oficial, o Calendário Escolar de Reposição de Aulas de 2025. A medida, publicada por meio da Portaria nº 702/2025, vale para todas as unidades da rede municipal que tiveram paralisação parcial ou integral durante a greve deste ano.
Segundo a portaria, as escolas deverão ajustar seus cronogramas para garantir o cumprimento dos 200 dias letivos e 800 horas obrigatórias, conforme determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).
O calendário regular será mantido apenas nas unidades que não sofreram paralisações.
Principais datas da reposição
Atividades | Período |
---|---|
Início do Ano Letivo | 05/02/2025 |
Recesso Junino | 20/06 a 06/07/2025 |
Início da Reposição | 13/09/2025 |
Sábados Letivos | 13/09; 04 e 25/10; 08, 22 e 29/11; 13/12 |
Término do Ano Letivo | 09/02/2026 |
Recuperação e Avaliações Finais | 10 e 11/02/2026 |
Entrega das Atas Finais | 12/02/2026 |
Como será feito a reposição
Cada escola deverá elaborar seu próprio plano de reposição e submetê-lo ao Conselho Escolar até 3 de setembro. As propostas validadas deverão ser enviadas pelas Gerências Regionais à Diretoria Pedagógica até 6 de setembro, via sistema e-Salvador.
Além da reposição dos dias letivos, os calendários deverão prever recuperações paralelas e finais, conselhos de classe e sábados letivos. O documento também estabelece que o cronograma deverá ser afixado em local visível em cada unidade, para acompanhamento da comunidade escolar.
A portaria foi assinada pelo secretário municipal de Educação, Thiago Martins Dan, e entrou em vigor na data de sua publicação.
Greve dos professores
Depois de 74 dias de paralisação, a greve dos professores da rede municipal de Salvador chegou ao fim. O impasse entre a categoria, representada pela APLB Sindicato, e a Prefeitura teve fim com a assinatura de um acordo que prevê uma série de compromissos por parte do Executivo. As aulas devem ser retomadas imediatamente após a assinatura do termo, com previsão para salas cheias nesta segunda-feira (21).
A mobilização foi uma das mais longas dos últimos anos e teve como pano de fundo a insatisfação com o não cumprimento do piso salarial, plano de carreira e condições de trabalho. A categoria também se queixava da falta de diálogo efetivo com o governo municipal e acusava a gestão de promover uma campanha de desgaste da imagem dos professores.
Ao longo do movimento, a greve ganhou destaque em eventos públicos, como as comemorações do 2 de Julho, onde a presença dos professores em protesto foi vista por lideranças sindicais como um recado político ao prefeito Bruno Reis, contando com apoio até do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Antes disso, a invasão dos professores na Câmara de Salvador também foi um episódio de grande tensionamento nas negociação. O fato, ocorrido em maio, acarretou na aprovação do reajuste dos servidores municipais.
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