Overclean: Codevasf diz que responsabilidade por obras é das prefeituras
Em nota, Codevasf se manifestou sobre a quinta fase da Operação Overclean que apura fraude em licitações e obras de prefeituras
Por João Tramm.
Em nota divulgada na manhã desta quinta-feira (17), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) se manifestou sobre a quinta fase da Operação Overclean. A investigação tem como um dos focos convênios firmados entre a estatal e a Prefeitura de Campo Formoso, no interior da Bahia.
A estatal esclarece que, embora mantenha convênios de transferência de recursos com o município, a responsabilidade pela execução prática das obras — incluindo licitações e contratações — é inteiramente da prefeitura.
“Em convênios, cabe ao órgão convenente — nesse caso, a prefeitura — realizar a licitação, a contratação e a execução das obras correspondentes. A Codevasf não participa de procedimentos licitatórios e não mantém relação com empresas eventualmente selecionadas por municípios para execução de convênios”, afirmou a companhia.
Segundo o comunicado, a Codevasf reafirma seu compromisso com a transparência e a integridade, e declara que vem colaborando integralmente com as autoridades no andamento das investigações. “A Codevasf mantém compromisso com a elucidação dos fatos e com a integridade de suas ações — e continuará a prover suporte integral ao trabalho das autoridades policiais e da Justiça”, diz o texto.
Ainda segundo a nota, os convênios firmados com a Prefeitura de Campo Formoso foram alvo de auditorias internas realizadas pela Codevasf em maio de 2025, o que reforça, segundo a estatal, seu compromisso com os mecanismos de controle e fiscalização.
Overclean: Campo Formoso na mira
A 5ª fase da Operação Overclean, deflagrada pela pela Polícia Federal com apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), investiga suspeitas de fraude em licitações. Aliados de Elmar Nascimento foram os principais alvos, com busca e apreensões realizada em Campo Formoso.
Além de abarcar desvio de recursos públicos e corrupção em contratos de obras e serviços financiados com verbas federais, especialmente aquelas originadas por emendas parlamentares e executadas via convênios com a Codevasf.
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