Nunes Marques pede que Câmara de Salvador preste informações em pedido do União Brasil para anular reeleição de Geraldo Jr.
Nunes Marques, que é relator do caso, ainda determinou que haja manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU) e o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, determinou que a Câmara Municipal de Salvador preste informações, em até cinco dias, para anexar no processo proposto pelo União Brasil para anular a reeleição de Geraldo Jr. (MDB) como presidente da Casa.
O documento foi assinado no dia 18 de abril, mas só foi disponibilizado publicamente no sistema da Suprema Corte na última segunda-feira (3/5).
Nunes Marques, que é relator do caso, ainda determinou que haja manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU) e o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O União Brasil entrou com a ação no STF após o rompimento de Geraldo com o prefeito Bruno Reis (UB) e o pré-candidato ao Governo da Bahia, ACM Neto (UB). Numa articulação feita de forma discreta, Geraldo foi anunciado como vice na pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) a governador.
Também discretamente, dias antes de virar a casaca, o emedebista promoveu modificações no regimento interno da Casa e na Lei Orgânica do Município para possibilitar sua segunda reeleição consecutiva a presidente do Legislativo soteropolitano. Após as alterações, ele convocou, às pressas, a eleição da Mesa Diretora, que o reelegeu para o cargo por mais dois anos.
De acordo com a legislação anterior, ele não podia se reeleger. O parlamentar se elegeu na 18ª legislatura e foi reeleito no ano passado, portanto, na 19ª. A reeleição, segundo o antigo entendimento, só poderia acontecer em legislaturas diferentes. Com a mudança promovida nos textos, ele abriu margem para reeleições indefinidas.
Atualmente, Geraldo vive crise de relação com vereadores governistas na Casa. Ex-aliados dele, Duda Sanches e Claudio Tinoco, ambos do União Brasil, vêm fazendo sistemáticas criticas ao presidente da CMS.
Na última segunda, ao encontrar as portas do plenário da Câmara fechadas, Duda voltou a atacar o ex-aliado. "Em nove anos no Legislativo de Salvador, nunca vi nada parecido. É uma situação absurda que desrespeita tanto o próprio trabalho da Casa quanto o povo da nossa capital. O pior é que estamos vendo pessoas que se acham donas da coisa pública e se apropriam do plenário da Câmara como se fosse seu. Atitude autoritária e vergonhosa", disse.
De acordo com parlamentares da base de Bruno Reis que foram à Câmara, Geraldo convocou sessão, mas não compareceu ao Legislativo - ele cumpria agenda de campanha com Jerônimo em Barreiras, no Oeste da Bahia -. "Estamos cumprindo a convocação da sessão desta terça, dia em que ficou acordado no Colégio de Líderes para a realização de encontros no plenário", frisou Tinoco.
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