'Não é em 24 horas', diz Alckmin sobre medida para baratear alimentos

Após anunciar a decisão de zerar os impostos de exportação sobre alimentos, o vice-presidente e ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que a medida não terá efeitos imediatos nas prateleiras dos supermercados. "Isso não é em 24 horas", disse ele em entrevista à rádio CBN.

Alckmin explicou que o custo dos alimentos é uma preocupação do governo, especialmente devido ao impacto do clima na produção e à alta do dólar, que atingiu R$ 6,20 no final de 2024. Para acelerar os efeitos da medida, o governo pretende zerar também o imposto de importação de produtos. Entre os alimentos que terão a isenção da taxa estão carnes, açúcar, café, azeite, milho, biscoitos, massas, entre outros.

Para acelerar os efeitos da medida, o governo pretende zerar também o imposto de importação de produtos. | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Além disso, o vice-presidente reforçou o pedido aos estados para que considerem a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a cesta básica. "Nós entendemos a realidade de cada estado, por isso não é obrigatório, é uma proposta. E também não precisa zerar todos. Pode, de repente, eu vou pegar ovo e zerar o ICMS durante um período. Isso vai passar", sugeriu Alckmin.

Ele destacou que a proposta de isenção do ICMS não será obrigatória. "A hora que o dólar se mantiver nesse patamar, o clima vai melhorar e a safra vai ser recorde, isso vai melhorar, é transitório. Eu não posso reduzir todos os ICMS, mas eu posso de algum produto, o que puder fazer, ajuda", afirmou. "Ninguém vai obrigar, não vai ser lei, não vai ser obrigado, mas uma proposta aos governos estaduais que também transitoriamente reduzissem o ICMS, que ajuda, os economistas colocam que isso pode ter um efeito muito rápido", concluiu.

Bahia

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), manifestou apoio ao pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que os estados zerem a alíquota do ICMS sobre produtos da cesta básica. A declaração foi feita por meio das redes sociais na última sexta-feira (7).

Rodrigues destacou que a Bahia já adota a isenção do imposto e afirmou que a medida alivia o impacto no orçamento das famílias. “Com a isenção de impostos anunciada por Lula, o preço da cesta básica fica mais leve no bolso. Aqui na Bahia, seguimos essa atitude e também isentamos de ICMS os produtos da cesta básica, garantindo comida no prato para nossa gente", escreveu no X.

Enquanto o governador baiano defendeu a proposta, outros gestores estaduais indicaram que não pretendem aderir à medida.

O vice-presidente reforçou o pedido aos estados para que considerem a isenção do ICMS sobre a cesta básica. | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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