Na Aratu, ministro Jader Filho defende que COP 30 foque em 'justiça urbana'

'Não haverá justiça climática, se não houver a justiça urbana': Na Aratu, ministro Jader Filho defende que COP 30 foque em 'justiça urbana'

Por João Tramm.

Na Aratu, ministro Jader Filho defende que COP 30 foque em 'justiça urbana'. Em entrevista ao programa Aratu 24 Horas, o ministro destacou que não é possível discutir meio ambiente sem levar em conta a realidade das cidades e das populações mais vulneráveis.

“Nós precisamos inserir o tema urbano porque temos que levar infraestrutura para as nossas cidades. As pessoas precisam estar inseridas nisso. Eu tenho dito uma coisa: não haverá justiça climática se não houver a justiça urbana”, afirmou o ministro.

O papo foi ao ar nesta segunda-feira (27), durante o quadro Papo de Política, comandado pelos jornalistas Alex Silvestre e João Tramm. Ainda durante a entrevista, o ministro, que recebeu o título de cidadão baiano na última semana, comentou o programa Reforma Casa Brasil, um aceno da gestão Lula com a classe média. O programa aumentou interesse do brasileiro em buscas de reformas.

Na Aratu, ministro Jader Filho defende que COP 30 foque em 'justiça urbana'

Durante a conversa, o ministro foi questionado, pelo jornalista João Tramm, sobre como o Ministério das Cidades pretende contribuir com o debate climático e enfrentar questões como o racismo ambiental — especialmente em um contexto em que os efeitos das mudanças climáticas atingem com mais força as periferias.

“Quem primeiro sente os eventos climáticos extremos são as periferias das nossas cidades, são as nossas favelas. São as pessoas que moram nos morros, no leito dos rios. Quando o rio enche, qual é a primeira casa que alaga? É a casa dessas pessoas que estão morando lá”, observou.

Um exemplo desse retrato foram as fortes chuvas que atingiram Salvador recentemente e os impactos diretos na mobilidade e na segurança da população.

“Precisamos dotar as cidades de infraestrutura resiliente, que esteja preparada para os eventos climáticos extremos, mas também falar sobre a descarbonização — que tem que partir das cidades”, destacou.

O ministro das Cidades, Jader Filho, defendeu que a COP 30, que será realizada em 2025 em Belém (PA), tenha como um de seus principais eixos o debate sobre a “justiça urbana”. 

COP 30

O Brasil será sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), entre 10 e 21 de novembro de 2025, em Belém, no Pará. Será a primeira vez que uma cidade da Amazônia sediará o encontro global sobre o clima, cuja edição de 2024 (COP 29) acontece no Azerbaijão.

Ao defender que o evento promova um debate mais próximo da população, o ministro das Cidades ressaltou que o tema climático não deve ser restrito “a ambientalistas para ambientalistas”, mas incorporado à vida cotidiana das pessoas.

“O meio ambiente é muito importante, e nós precisamos discutir sua preservação, mas também precisamos discutir o tema urbano, porque é aqui que moram as pessoas e é aqui que precisamos garantir infraestrutura para que elas vivam com segurança”, concluiu.

Na Aratu, ministro Jader Filho defende que COP 30 foque em 'justiça urbana'

A pouco mais de um ano das eleições de 2026, o ministério das Cidades se consolida como um grande aliado nas promessas eleitorais. Dentre os programas estão o Reforma Casa Brasil, que se consolida como uma das principais apostas do governo Lula para sustentar o avanço na popularidade do presidente.

A iniciativa se soma a iniciativas como o Gás do Povo, que prevê botijão gratuito para famílias, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, que já foi aprovado na Câmara, e a isenção da conta de luz para famílias de baixa renda. Neste último, mais de 1 milhão de baianos estão aptos a receber o benefício.

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