Mesmo com decisão do STF, professores decidem manter greve
Categoria paralisou suas atividades desde de 6 de maio
Por João Tramm.
Apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve ilegalidade da greve dos professores da rede municipal de Salvador como ilegal, a categoria decidiu manter a paralisação. A diretora da APLB (Associação dos Professores Licenciados do Brasil), Ciclea Oliveira, afirmou que a greve continua devido à falta de negociação efetiva.
Em entrevista ao Aratu On, Ciclea analisou a decisão do STF como meramente processual, por isso a categoria decidiu seguir com a paralisação, que se iniciou no dia 6 de maio. A prefeitura, por sua vez, não sinalizou abertura para nova rodada de negociação.
Estopim do impasse:
A diretora ainda fez uma retrospectiva da paralização. Segundo a diretora da APLB, a votação do reajuste dos servidores, em que ocorreu a invasão da Câmara, foi o estopim para que acabasse o diálogo para chegar ao fim da greve.
“Aquele momento, a forma como tudo foi conduzido, marcou o fim do diálogo. E por isso a greve continua. Porque agora estamos piores do que quando começamos.”
Ciclea destaca que o agravamento do conflito decorreu pela forma como foi conduzida a votação na Câmara dos Vereadores. A situação gerou revolta e acabou em uma invasão do plenário, resultando em confusão generalizada e grande repercussão.
“Eles fizeram uma jogada e a gente não aceitou. O importante dizer é: aquela votação não aconteceu no plenário. Eles se reuniram em uma sala secreta, aprovaram uma emenda que destruiu nosso plano de carreira — e essa emenda sequer tem assinatura. Não sabemos quem propôs”, argumentou.
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