Mauro Cid passou mal ao receber mandado de prisão, mostra vídeo
Mauro Cid, ex-ajudante de ordem estava em audiência de esclarecimentos com Moraes
Por Da Redação.
Um dos vídeos da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, divulgados nesta quinta-feira (20), registra o momento em que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro é preso durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF), em março do ano passado.
Cid havia sido convocado pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes para prestar esclarecimentos sobre um áudio divulgado pela revista Veja. Na gravação, o militar afirmou ter sido pressionado pela Polícia Federal a delatar fatos que desconhecia sobre uma suposta trama promovida por Bolsonaro para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em 2023.
Durante a audiência, após criticar o vazamento do áudio e afirmar que a gravação foi enviada a amigos próximos, Mauro Cid foi informado de sua prisão. O mandado foi lido pelo juiz Airton Vieira, magistrado instrutor do gabinete de Moraes.
+ Moraes libera acesso público a vídeos e áudios de delação de Mauro Cid
"Tenho que cientificar a todos que o relator, ministro Alexandre de Moraes, decidiu e decretou a prisão preventiva de Mauro Cid. Eu tenho em mãos a decisão assinada pelo relator. Posteriormente, os senhores vão recebê-la e vão tomar ciência de seu conteúdo e as razões que levaram o senhor ministro a decretar a prisão preventiva", declarou o juiz.
No vídeo, Cid coloca as mãos na cabeça repetidamente, aparenta nervosismo e, em seguida, começa a passar mal, desabotoando as mangas da camisa. Seguranças se aproximam ao perceber seu desconforto. Longe das câmeras, após sair da sala de audiências, o militar desmaiou e foi socorrido por brigadistas.
Meses depois, Mauro Cid deixou a prisão e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
+ 'Se for provado, tem uma saída: ser preso', diz Lula sobre Bolsonaro
+ 'Caguei para a prisão', diz Bolsonaro após denúncia sobre golpe
A divulgação dos vídeos ocorre no mesmo dia em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Jair Bolsonaro e mais 33 investigados no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado.
Segundo a PGR, além do monitoramento de Moraes, Bolsonaro teria ciência e teria concordado com um suposto plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que a trama, denominada “Punhal Verde Amarelo”, foi arquitetada e levada ao conhecimento do então presidente.
Com informações da Agência Brasil
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).