Lula liga para pai de Juliana Marins e diz que governo vai custear translado
Lula disse que conversou por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, e que Itamaraty vai custear translado do corpo
Por Da Redação.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (26), que entrou em contato com Manoel Marins, pai da publicitária brasileira Juliana Marins, que morreu após cair durante trilha em vulcão na Indonésia, e determinou ao Ministério das Relações Exteriores que ofereça suporte à família no processo de repatriação do corpo.
“Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil”, publicou o presidente.
De acordo com a Lei nº 9.199/2017, "a assistência consular não inclui o pagamento de despesas com sepultamento e translado de corpos de brasileiros falecidos no exterior, nem despesas com hospitalização, exceto em casos médicos específicos e atendimento emergencial de caráter humanitário".
Caso Juliana Marins: o que diz a legislação brasileira sobre translado do corpo
O corpo de Julianaserá transferido nesta quinta-feira (26) para a cidade de Denpasar, capital de Bali, onde passará por autópsia. A autópsia deve apontar a causa e o horário da morte, mas ainda não há previsão para a divulgação dos resultados.
“A autópsia acontecerá em Bali. Procuramos a opção mais próxima, que é Denpasar”, explicou Indah Dhamayanti Putri, vice-governadora da província de West Nusa Tenggara. “Eles querem saber o horário da morte”, acrescentou.
Acidente e morte de Juliana Marins
Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana ficou presa em um paredão rochoso, cerca de 500 metros abaixo do penhasco, após ser abandonada pelo guia turístico que acompanhava o grupo. O resgate foi dificultado pelo mau tempo.
A última imagem registrada por Juliana em vida mostra a intensa neblina no topo do vulcão, um dos pontos mais aguardados da trilha.
Com a morte de Juliana, subiu para 10 o número de mortes registradas no Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, desde 2020.
Segundo dados divulgados pelo governo indonésio no início deste ano, entre 2020 e 2024 foram registrados 180 acidentes e oito mortes na região. Os óbitos de Juliana e do malaio Rennie Bin Abdul Ghani, de 57 anos, que morreu em 5 de maio deste ano ao cair de um penhasco de aproximadamente 80 metros, ainda não foram oficializados no sistema.
A queda de Juliana reacendeu o alerta sobre os riscos de trilhar o Monte Rinjani, um destino desafiador para montanhistas no Sudeste Asiático. Localizado na ilha de Lombok, vizinha de Bali, o vulcão tem 3.726 metros de altitude e é o segundo mais alto da Indonésia, atrás apenas do Monte Kerinci, em Sumatra. O local é um dos roteiros de trekking mais populares do país.
Morte de Juliana Marins acende alerta para aumento de incidentes na Indonésia
Em resposta ao aumento dos acidentes, o governo da Indonésia publicou, em março, um relatório destacando a necessidade da criação de um Procedimento Operacional Padrão (POP) para busca, resgate e evacuação no parque. O documento indica que muitos dos incidentes são causados pelo descumprimento de normas de segurança por parte dos próprios visitantes.
Entre os principais fatores de risco estão a ausência de equipamentos adequados, o despreparo físico e o desconhecimento do terreno. Dos 180 acidentes registrados, 134 envolveram quedas e torções. A maioria dos casos mais graves ocorre em trilhas não oficiais ou sem o uso dos equipamentos de segurança recomendados.
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