Hilton Coelho rebate ameaças e diz que direita condena luta dos professores

Deputado estadual Hilton Coelho rebateu ameaças de cassação após apoiar luta dos professores

Por Da Redação.

O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) se pronunciou nesta sexta-feira (23) sobre as ameaças de cassação de seu mandato na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). A oposição estuda levá-lo ao Conselho de Ética após sua participação em manifestação de servidores públicos que culminou na ocupação do Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador.

Hilton Coelho | Imagem: reprodução/Instagram

Em publicação nas redes sociais, Hilton rebateu os ataques e afirmou que está sendo alvo de perseguição por apoiar trabalhadores. “Vou começar afirmando com todas as letras: lutar não é crime. Para a extrema-direita, famosa por defender golpistas e corruptos, lutar pela educação e direitos dos servidores é condenável”, escreveu.

Os opositores acusam o parlamentar de ter “encabeçado” o protesto contra o Projeto de Lei 174/25, de autoria da Prefeitura de Salvador, que trata do reajuste salarial de servidores e professores da rede municipal. Os manifestantes buscavam barrar a tramitação da proposta na Câmara.

Em vídeo publicado no Instagram, Hilton reforçou sua posição e criticou vereadores aliados do prefeito Bruno Reis:

“Os vereadores de Salvador, que trabalham a serviço do prefeito Bruno Reis, usam da sua voz para criminalizar a luta pela educação e pelo serviço público. No entanto, não abrem a boca para falar do escândalo de corrupção que passa de R$ 1 bilhão descoberto pela operação Overclean.”

Segundo Hilton, a sociedade está "diante de uma completa inversão de valores". "Professoras e servidores que ocuparam a casa do povo por não concordar com a proposta absurda da prefeitura são criminosos?", questionou, acrescentando que, por outro lado, "ladrões do orçamento público são tratados como amigos pelos vereadores e aliados do prefeito".

Na legenda da publicação, o deputado também escreveu: “Não vamos aceitar nem a criminalização dos que lutam por EDUCAÇÃO e serviços públicos dignos, nem a CASSAÇÃO do nosso mandato comprometido com a luta e resistência do povo”.

Até o momento, não há confirmação oficial de abertura de processo contra o parlamentar no Conselho de Ética da AL-BA.

Entenda

Uma confusão generalizada tomou conta da Câmara Municipal de Salvador na tarde desta quinta-feira (22), após sindicalistas, que se apresentaram como professores da rede municipal, invadirem o plenário e agredirem vereadores durante a sessão. A sessão trata do reajuste salarial da categoria.

O ato foi liderado por Bruno Carianha, diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Salvador (Sindseps), que, durante o protesto, tomou o microfone das mãos do vereador Sidininho, provocando uma reação imediata dos parlamentares.

O vereador Maurício Trindade empurrou Carianha, e a partir daí se instaurou uma confusão generalizada, com empurra-empurra, gritaria e acusações. A manifestação acabou levando à suspensão da sessão plenária.

O grupo protestava pelo pagamento do piso salarial dos professores municipais, uma pauta que vem sendo alvo de tensão entre o sindicato e a gestão municipal.

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