Hamilton Assis condena invasão à Câmara de Salvador, mas critica prefeitura

Para Hamilton Assis, prefeitura tensionou a relação com os servidores e professores municipais

Por Matheus Caldas.

Apontado por aliados do prefeito Bruno Reis (União) como um dos mentores da invasão de sindicalistas à Câmara de Salvador, o vereador Hamilton Assis (PSOL) condenou as agressões promovidas contra parlamentares, mas criticou a prefeitura de Salvador.

Na visão de Hamilton Assis, é necessário haver diálogo. “Sempre achamos que a ideia da agressão é algo indesejável e que precisa ser condenado, na medida que o diálogo tem que tomar o espaço da mediação dos conflitos”, afirmou, em entrevista ao programa Linha de Frente.

Para vereador, no entanto, a prefeitura tensionou a relação com os servidores e professores municipais.  “Acho que não foi esse o caminho escolhido pela prefeitura quando se retira o projeto de pauta da negociação e quando se juntam os projetos dos professores e servidores públicos de todas as carreiras num pacote e manda para a Câmara. Ele colocou a batata quente na mão da Câmara”, analisou. 

Hamilton Assis foi entrevistado pelo programa Linha de Frente

Hamilton Assis também rechaçou participação na invasão. Ele diz que, no momento das agressões, apresentava dissertação de mestrado na Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). “Estava desde a madrugada me preparando. Já tinha decidido que priorizaria isso, não a sessão, porque era um ciclo que se conclui, e que é muito importante para minha carreira profissional e pessoal”, concluiu.

O vereador se dirigiu ao Legislativo após a confusão e votou os projetos de reajuste salarial de professores e servidores municipais numa sala reservada, onde a matéria foi aprovada, mesmo sob protestos de entidades sindicais.

+ Câmara de Salvador aprova reajuste salarial para professores municipais

Hamilton Assis diz que não estava na Câmara durante invasão | Foto: Antonio Queirós/CMS

O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), correligionário de Hamilton, foi alvo de representação à presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputada Ivana Bastos (PSD), cujo texto solicita abertura de investigação por quebra de decoro parlamentar do psolista, presente na sessão que culminou na invasão da Câmara de Salvador.

O documento é de autoria do vereador Cezar Leite (PL) e foi motivado pela invasão à Câmara de Salvador, durante a votação do reajuste dos servidores municipais.

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