Ex-ministro Gilson Machado deixa prisão após decisão de Moraes

Ex-ministro do Turismo foi detido pela PF, acusado de tentar conseguir um passaporte português para o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid

Por Júlia Naomi.

Gilson Machado (PL), ex-ministro do Turismo, foi solto na noite desta sexta-feira (13), após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele foi preso pela Polícia Federal na manhã do mesmo dia, por suspeita de tentar obter um passaporte português para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, que é delator nas investigações sobre a trama golpista. 

Gilson Machado, ex-ministro do Turismo. Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Machado estava preso numa cela isolada dos demais detentos, no Centro de Observação Criminológica Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. Ele deixou o local por volta das 23h.

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Em substituição à prisão, Gilson terá que cumprir medidas cautelares, como se apresentar regularmente à Justiça, entregar o passaporte, não sair do país e não manter contato com outros investigados pelo suposto plano golpista.

Gilson Machado tem 57 anos, é empresário do ramo de turismo, sanfoneiro de banda de forró e formado em medicina veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

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Entenda o contexto da prisão do ex-ministro

A detenção foi motivada por suspeitas de que ele teria atuado para facilitar a fuga do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro após os atos de 8 de janeiro de 2023. Na manhã da prisão do ex-ministro, Mauro Cid prestou depoimento à Polícia Federal (PF) e negou ter a intenção de sair do país. De acordo com as investigações, a família dele embarcou para os Estados Unidos no mês passado. 

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e delator da trama golpista de 8 de janeiro de 2023. foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Em março deste ano, o ministro Alexandre de Moraes pediu esclarecimentos ao militar sobre a tentativa de obter um passaporte português em 11 de janeiro de 2023, três dias após os atos de 8 de janeiro. De acordo com a defesa, o pedido foi feito "única e exclusivamente" porque a esposa e as filhas de Cid já têm cidadania portuguesa.

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