EUA bombardeiam instalações nucleares do Irã, que promete resposta

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (21) que o EUA realizou ataques aéreos contra três instalações nucleares do Irã: Fordow, Isfahan e Natanz. Em pronunciamento transmitido pela Casa Branca, o republicano celebrou o que chamou de “sucesso militar espetacular” e afirmou que o objetivo da operação foi "a destruição da capacidade nuclear iraniana".

“Nesta noite, posso informar ao mundo que esse ataque foi um espetacular sucesso militar: as principais instalações de enriquecimento nuclear do Irã foram completamente e totalmente destruídas”, declarou Trump.

O presidente norte-americano justificou a ofensiva citando ameaças históricas do Irã e sua atuação na região do Oriente Médio. “Por 40 anos, o Irã tem gritado ‘morte à América', 'morte a Israel'. Eles têm matado nosso povo, explodido nossos aliados — essa era a especialidade deles. Perdemos muitas vidas”, afirmou.

O presidente ainda chamou o regime iraniano de “valentão do Oriente Médio” e fez um alerta sobre possíveis novas ofensivas. “Ou haverá paz ou haverá uma tragédia para o Irã muito maior do que vimos nos últimos oito dias. Ainda há muitos alvos. Nesta noite atingimos os alvos mais difíceis, de longe, e talvez os mais letais, mas se a paz não vier rapidamente, iremos atrás de outros alvos com precisão, velocidade e habilidade. A maioria deles pode ser destruída numa questão de minutos.”

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Irã X EUA

Em resposta, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, condenou os ataques durante uma coletiva de imprensa em Istambul neste domingo (22). Segundo ele, os EUA ultrapassaram todos os limites com a ação militar.

“Não há linha vermelha que os Estados Unidos não tenham ultrapassado em suas ações recentes contra a República Islâmica. E a última, e a mais perigosa, foi o que aconteceu apenas na noite passada, quando cruzaram uma linha vermelha muito séria ao atacar exclusivamente instalações nucleares”, afirmou Araghchi.

Ainda durante o pronunciamento, Araghchi informou que viajaria a Moscou para uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin. “Temos uma parceria estratégica e sempre consultamos um ao outro e coordenamos nossas posições”, afirmou.

Poucas horas depois, o chanceler russo Sergey Lavrov classificou os bombardeios como uma “grande violação da lei internacional” e criticou a postura americana. “Foram ações irresponsáveis”, declarou Lavrov, pedindo que o Conselho de Segurança da ONU intervenha para interromper os ataques realizados tanto pelos Estados Unidos quanto por Israel na região.

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