Após confusão na AL-BA, Diego Castro acusa Marcelino Galo de agressão; petista alega 'defesa'
Em confusão generalizada, deputado bolsonarista acusa petista de agredi-lo na Assembleia Legislativa
Os deputados Olívia Santana (PCdoB), Diego Castro (PL) e Marcelino Galo (PT), três dos envolvidos em uma confusão na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta terça-feira (18/6), durante uma sessão sobre o “PL do Aborto”, deram suas versões sobre o ocorrido. O Projeto de Lei 1904 está em discussão no Congresso Nacional e prevê punição de reclusão de seis a 20 anos a pessoas que fizerem um aborto após 22 semanas de gestação, inclusive se gerada por estupro.
Na sessão, a deputada Olívia Santana se posicionou conta a PL. Disse que era "inaceitável" tratar meninas e mulheres que interrompem uma gravidez como "assassinas e criminosas". A parlamentar foi atacada pelos deputados Diego Castro e Leandro de Jesus, ambos do PL. "Fiz minha fala com argumento, destacando e citando uma série de casos de violências contra mulheres, de estupro [...] e, de repente, quando saio da Tribuna, sou atacada", falou à imprensa, depois da confusão.
"Isso aqui é um lugar em que as pessoas precisam aprender a se respeitar. Exijo respeito. É a única coisa que eu quero. Meu direito de me pronunciar é o mesmo direito que qualquer homem deputado, aqui, tem de se pronunciar. Eu não serei silenciada por atitudes autoritárias de colegas que só conhecem a truculência como linguagem. Isso aqui é um Parlamento e é a Casa que tem que defender a igualdade e a democracia", completou Olívia.
Segundo a deputada Olívia Santana (PCdoB), após falar, na sessão, que era "inaceitável" tratar meninas e mulheres que interrompem uma gravidez como "assassinas e criminosas", ela foi "atacada" pelos deputados Diego Castro e Leandro de Jesus, ambos do PL.
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O deputado Marcelino Galo confirmou o ataque à colega e a outra deputada, sem identificá-la, e afirmou que Diego Castro estava "com dedo em riste", ao que o deputado Rosemberg Pinto, líder do governo na Assembleia, "partiu em defesa" delas, "como é uma obrigação dele fazer, como líder de bancada". "Vendo as mulheres sendo agredidas daquela forma, reagiu, e [Castro] veio pra cima querendo agredir o deputado Rosemberg", disse o petista ao Aratu On.
O deputado Marcelino Galo (PT) confirmou o ataque à colega e outra deputada (não citou) e afirmou que Diego Castro estava "com dedo em riste", ao que Rosermberg Pinto, líder do governo na Assembleia, "partiu em defesa" delas.
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Diego Castro, por sua vez, trouxe outro ponto de vista e alegou agressão por parte de Marcelino. Ele chamou o fato de "lamentável", mas pontuou que não se surpreendeu. "Marcelino Galo me agrediu fisicamente", afirmou, acrescentando que o petista e Olívia não teriam aceitado "o contraditório" após a fala da parlamentar na Tribuna.
"Estava ela discursando e fez uma referência a nós, bolsonaristas, a estupradores, por defender o PL que equipara o aborto ao homicídio", explicou. "Aborto é um assassinato, é um homicídio. Não há relativização quanto a isso", completou Castro.
Ele disse, então, que foi pedir "a questão de ordem" para que o presidente da Assembleia, deputado Adolfo Menezes (PTB), retirasse os termos das notas taquigráficas da Casa. "Para que uma mentira contada não se torne uma verdade, no futuro, para os que não conheceram o contexto", justificou.
"A deputada fez várias ofensas mentirosas. Inclusive disse que eu a ameacei. Quero que ela me prove", continuou Diego Castro, afirmando que Olívia estava se vitimizando "como sempre".
Sobre a agressão, o parlamentar do PL falou que Galo "partiu para cima" o agredindo e o empurrando. "Uma postura que, com certeza, fere o decoro parlamentar dentro dessa Casa e nós tomaremos todas as medidas cabíveis", completou.
Diego Castro (PL), por sua vez, diz que foi agredido por Marcelino Galo, o que chamou de "fato lamentável", mas pontuou que não se surpreendeu. Acrescentou, ainda, que Galo e Olívia não aceitaram "o contraditório" após fala da parlamentar na Tribuna. pic.twitter.com/ogsuhBXclh
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