Com bandeiras dos EUA, bolsonaristas oram em frente à casa do ex-presidente

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, na quinta-feira (11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados

Por Da redação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, na quinta-feira (11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, e a pena deverá ser cumprida, inicialmente, em regime fechado. Após a decisão do STF, bolsonaristas reagiram em diversas partes do país, e um grupo se reuniu para rezar, segurando bandeiras dos Estados Unidos e de Israel, em frente à casa do ex-presidente. Confira:

Mas também teve quem comemorou: ao som de "Tá na Hora do Jair, Já Ir Embora", eleitores contrários às ações de Bolsonaro festejaram em diversas cidades brasileiras. Em Salvador, o bar Velho Espanha, que fica no bairro dos Barris, fez uma promoção para quem fosse comemorar a condenação do ex-presidente. Veja um dos vídeos que circularam nas redes sociais na noite de ontem:

Condenação de Bolsonaro

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu a fase de dosimetria e condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão. A pena deverá ser cumprida, inicialmente, em regime fechado.

A decisão foi tomada após a condenação do ex-presidente por crimes como organização criminosa e tentativa de golpe de Estado. Além da pena de prisão, Bolsonaro também foi condenado a pagar 124 dias-multa, sendo o valor de cada dia fixado em dois salários mínimos. A sugestão inicial do ministro relator, Alexandre de Moraes, de um salário mínimo por dia, foi alterada por sugestão do ministro Flávio Dino, que argumentou sobre o "alto poder aquisitivo do ex-presidente".

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu a fase de dosimetria e condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão. | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na definição da pena, Moraes considerou o agravamento por Bolsonaro ser o líder da organização criminosa, mas também aplicou atenuantes em todos os crimes, "em razão da idade avançada do ex-presidente".

O relator foi acompanhado por uma maioria de ministros na definição da sentença. Votaram com ele os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O ministro Luiz Fux, que havia votado pela absolvição de Bolsonaro na fase de julgamento, optou por não participar da fase de definição da pena.

 Além da pena de prisão, Bolsonaro também foi condenado a pagar 124 dias-multa, sendo o valor de cada dia fixado em dois salários mínimos. | Foto: Agência Brasil

Como foi a votação no STF 

A votação foi finalizada com o voto do ministro Cristiano Zanin, que se posicionou contra os pedidos da defesa de anular o processo ou de transferi-lo para o plenário. Zanin também rejeitou o argumento de que as defesas não tiveram tempo suficiente para analisar as provas da Polícia Federal. Com seu voto, o placar para a condenação do ex-presidente e dos demais réus ficou em 4 a 1. A única divergência foi do ministro Luiz Fux, que votou a favor dos pedidos da defesa.

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Na definição da pena, Moraes considerou o agravamento por Bolsonaro ser o líder da organização criminosa. | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A maioria pela condenação foi consolidada ainda nesta quinta-feira (11) com o voto da ministra Cármen Lúcia, que se alinhou aos ministros Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino.

Os réus foram declarados culpados por diversos crimes, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio tombado. A exceção é o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, que responde apenas aos três primeiros crimes, pois a parte do processo sobre dano e deterioração de patrimônio foi suspensa devido ao seu atual cargo de deputado federal.

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O ministro Luiz Fux, apesar de ter divergido da maioria ao absolver Bolsonaro e outros cinco aliados, votou pela condenação de Mauro Cid e do general Braga Netto pelo crime de abolição do Estado Democrático de Direito, formando um placar de 5 a 0 para a condenação deles neste ponto específico.

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A votação foi finalizada com o voto do ministro Cristiano Zanin, que se posicionou contra os pedidos da defesa de anular o processo ou de transferi-lo para o plenário. | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com a fase de votação concluída, os ministros agora seguirão para a dosimetria, etapa em que serão definidas as penas de prisão e outras sanções para cada um dos condenados.

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Condenados

Além de Jair Bolsonaro, os seguintes réus foram condenados:

  • Alexandre Ramagem - Ex-diretor da Abin
  • Almir Garnier - Ex-comandante da Marinha
  • Anderson Torres - Ex-ministro da Justiça
  • Augusto Heleno - Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
  • Mauro Cid - Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  • Paulo Sérgio Nogueira - Ex-ministro da Defesa
  • Walter Braga Netto - Ex-ministro da Casa Civil

A Primeira Turma do STF é composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin (presidente).

A maioria pela condenação foi consolidada ainda nesta quinta-feira (11) com o voto da ministra Cármen Lúcia, que se alinhou aos ministros Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino.

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