Bruno Reis diz que UB sai do governo Lula pela falta de resultados da gestão
Ao negar interesses eleitorais, Bruno Reis diz que seu partido, União Brasil, decidiu sair do governo Lula pela falta de resultados da gestão
Por João Tramm.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), voltou a criticar a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao comentar, nesta quinta-feira (4), a decisão da federação composta pelo União Brasil e Progressistas (PP) de se retirar da base do governo federal. O anúncio oficial foi feito na terça-feira (2) pelos presidentes Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP-PI), que orientaram seus filiados a devolverem os cargos ocupados na administração federal.
Durante a entrega de novas unidades habitacionais do Conjunto Mané Dendê, no bairro do Rio Sena, em Salvador, Bruno Reis justificou a saída com fortes críticas ao atual governo.
“Saiu do governo porque é um governo ineficiente, sem entregas. Um governo muito pior do que foram os passados do atual presidente. Um governo que só fez estimular o radicalismo, o extremismo, não teve a capacidade de participar do país, de trazer tranquilidade às pessoas”, afirmou.
Bruno Reis nega interesse político
O prefeito destacou que o Brasil atravessa um período de crise e citou problemas econômicos e sociais como fatores para a decisão da federação.
“O país vive em clima de guerra nacional e com a política internacional completamente equivocada. Então, por essas e outras razões, as pessoas não conseguem mais viver com o salário diante da alta dos alimentos. Poderia passar amanhã toda elencando os motivos que fizeram a União Progressista sair do governo. Não está associada a qualquer pauta que não seja essa: a preocupação com o que é melhor para o Brasil”, completou.
Bruno Reis ainda negou que a medida esteja ligada a disputas eleitorais.
“O que motivou a decisão foi justamente não ter a oportunidade de contribuir e, infelizmente, chegar à conclusão de que o governo está incapaz de promover as mudanças que o Brasil espera”, declarou.
Saída esperada
Antes da saída, principais líderes do grupo já tinha defendido o fim da relação com o governo Lula. o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto defendeu que o partido entregue os cargos que ocupa no governo Lula. A manifestação foi feita em publicações nas redes sociais.
ACM Neto reagiu às falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cobrou que União e PP tomassem lado e saíssem em defesa do governo. “Nunca fui favorável que o União Brasil ocupasse qualquer cargo no governo Lula”, escreveu Neto.
O PP também teve suas lideranças locais se manifestando nos últimos dias, dentre eles o secretário de Governo de Salvador, Cacá Leão (PP), disse que apesar de aguardar a homologação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Progressistas e União Brasil “já são uma coisa só”. Ele ressaltou que a federação União Progressista, maior bancada do Congresso Nacional, vai caminhar nas eleições de 2026 e 2028, não descartando uma futura fusão entre as siglas.
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