Barroso e Moraes acompanham decisão de Dino que libera emendas com ressalvas
O julgamento ocorre no plenário virtual desde às 18h e segue até as 23h59 de terça (3). O tema foi motivo de crise entre os Poderes nos últimos meses
O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar nesta segunda-feira (2) a decisão do ministro Flávio Dino que liberou a retomada do pagamento emendas parlamentares, mas impõe ressalvas. Com 10 minutos de sessão, Alexandre de Moraes e o presidente Luís Roberto Barroso já referendaram a posição do relator.
O julgamento ocorre no plenário virtual desde às 18h e segue até as 23h59 de terça (3). O tema foi motivo de crise entre os Poderes nos últimos meses. Pela manhã, Dino autorizou a retomada ao mesmo tempo em que fez duras críticas ao modelo. "Jamais houve tamanho desarranjo institucional com tanto dinheiro público em tão poucos anos."
O ministro afirmou que relatórios feitos pela CGU (Controladoria-Geral da União) deixam claro que os requisitos constitucionais de transparência e rastreabilidade estão sendo descumpridos, em "engrenagem flagrantemente inconstitucional", com bilhões de reais "se multiplicando em escala geométrica".
"Os relatórios que ora constituem prova nos autos confirmam que a elaboração e a execução de parcela relevante do orçamento público ocorrem com a naturalização do desvio de balizas normativas, a partir de uma engrenagem flagrantemente inconstitucional, montada especialmente a partir do ano de 2019, quando os bilhões de reais alocados pelo Congresso Nacional foram se multiplicando em escala geométrica, simultaneamente a descontroles e opacidades, quadro que se estende à Legislatura atual."
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