'Barraco desabou': Barroso canta Jorge Aragão em despedida do STF; vídeo
Ministro Luís Roberto Barroso cantou clássico de Jorge Aragão durante evento de despedida do STF
Por Juana Castro.
A despedida de Luís Roberto Barroso da presidência do STF (Supremo Tribunal Federal) aconteceu em clima de confraternização nesta quinta-feira (25), em Brasília. Durante o jantar, o ministro cantou "Eu e Você Sempre" ("barraco desabou"), clássico do sambista Jorge Aragão, acompanhado da banda brasiliense Samba Urgente.
Conhecido por cantar em eventos institucionais, Barroso manteve a tradição na despedida da presidência do STF. A apresentação foi bem recebida pelos convidados, conforme mostra o vídeo abaixo:
A cantoria de Barroso em eventos se tornou uma de suas marcas como ministro do Supremo. No jantar desta quinta-feira, ele cantou acompanhado da banda Samba Urgente, de Brasília 📲📰 Leia mais em https://t.co/TaW6via9c8
— Folha de S.Paulo (@folha) September 26, 2025
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Jantar de Barroso em Brasília reúne ministros e associações
O jantar de despedida de Barroso em Brasília teve caráter intimista e contou com a presença de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), como João Otávio de Noronha, além de representantes de entidades como a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e o Conselho dos Presidentes dos Tribunais de Justiça (Consepre). Também participaram servidores do Supremo e jornalistas.
Na noite anterior ao evento oficial, o ministro já havia promovido um jantar restrito de despedida do STF. Na ocasião, reuniu ministros do Supremo e autoridades políticas, entre elas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
Na ocasião, Barroso afirmou que a Corte trabalhou para preservar o Estado Democrático de Direito, apesar do "custo pessoal" dos ministros.
"Apesar do custo pessoal dos seus ministros, e o desgaste de decidir as questões mais divisivas da sociedade brasileira, o Supremo Tribunal Federal cumpriu, e bem, eu assim penso, o seu papel de preservar o Estado de Direito e de promover os direitos fundamentais", disse, em discurso realizado na última sessão do ministro como presidente do STF.
Barroso se tornou presidente em setembro de 2023 e se despediu de maneira emotiva. Após discursar sobre sua gestão, acrescentou que chega ao fim "feliz com o que conseguimos fazer em termos de relações com os outros Poderes, com a sociedade e nosso convívio interno".
"A vida me deu a oportunidade de ser presidente do STF nos últimos dois anos, sem interesse ou motivação que não a de fazer o país melhor”, acrescentou Barroso, que recebeu o título de cidadão baiano em maio deste ano.
Trajetória de Barroso e protagonismo do STF
Além de agradecer pela gestão durante os dois anos, Barroso comentou sobre o protagonismo do Supremo em um mundo polarizado.
"Há complexidades nesse modelo que reserva para o STF esse papel. Porém, cabe enfatizar que esse é o arranjo institucional que nos proporcionou 37 anos de democracia e estabilidade institucional. Nesse período não houve desaparecidos [políticos], ninguém foi torturado, aposentado compulsoriamente, e todos os meios de comunicação se manifestam livremente”, completou.
Ao final do discurso, Barroso foi aplaudido em pé pelos ministros e pela plateia presente. O decano Gilmar Mendes também se emocionou e comentou que "o período que ora se encerra ficará registrado nos anais da nossa história institucional como um dos mais complexos da trajetória desta corte, centenária e, consequentemente, da democracia brasileira".
A despedida de Barroso no STF simboliza a transição de comando no Supremo. Na próxima segunda-feira (29), Edson Fachin assumirá o cargo.
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