Política

'A ciência está em todo lugar', diz secretário André Joazeiro no Linha de Frente

Secretário também destacou relação da pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação com a Educação

Por Juana Castro

'A ciência está em todo lugar', diz secretário André Joazeiro no Linha de FrenteAndré Joazeiro, secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação | Foto: TV Aratu

"A ciência está em todo lugar", declarou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia (Secti), André Joazeiro, durante entrevista ao programa Linha de Frente, da TV Aratu. Ao jornalista Pablo Reis, que conduz a atração, Joazeiro destacou a relação da pasta com o empresariado e a área da educação.


"A gente trabalhou muitos anos, décadas, achando que a ciência só está dentro da universidade, mas o conhecimento é produzido também na sociedade. Os indígenas produzem conhecimento, em termos terapêuticos, por exemplo, as comunidades quilombolas desenvolvem técnicas agrícolas... A ciência está em todo lugar", disse.


De acordo com o secretário, a troca do saber "tradicional" com o saber científico da universidade é o que "torna rico o desenvolvimento e a inovação".


Arquiteto e urbanista formado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e mestre em planejamento urbano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), André Joazeiro foi consultor do projeto do Parque Tecnológico e trabalhou seis anos no governo do então governador Jaques Wagner (PT), na antiga Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (SIC). Nesse tempo, aprendeu a "rodar a máquina" na administração pública e desenvolveu uma relação com o empresariado, o que considera fundamental para o trabalho que desenvolve atualmente na Secti.


"Quando Jerônimo [Rodrigues, governador da Bahia] me convidou, uma das propostas era aproximar a academia do setor empresarial, pra gente diminuir a quantidade de papel, de tese na prateleira da biblioteca, e transformar isso em riqueza, inovação e prática no mercado para gerar riqueza para o estado", explicou. "A gente faz ciência com uma demanda do setor privado pra que isso vire, realmente, um processo produtivo", acrescentou Joazeiro.


Investimentos


Ainda na entrevista, o titular da Secti comentou sobre a reforma do Parque Tecnológico, que completou dez anos de inauguração. Disse que o governo está investindo R$ 14 milhões na infraestrutura do espaço.


Além disso, a gestão estadual tem investido também em novos prédios. "Captamos R$ 11 milhões para investir na área de farmácia, com produtos da caatinga (folhas, cascas de árvores), para trazer princípio ativo para cosméticos e fármacos", disse.


O Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), vai contribuir com R$ 40 milhões para um novo prédio que vai funcionar como um hub de pesquisa com foco em três áreas prioritárias: saneamento para zonas desconectadas de rede; saúde (complementando a Bahia Farma); e uma de Segurança e Defesa, que "é uma demanda grande do governo", segundo Joazeiro.


Relação com a Educação


O secretário também comentou sobre a troca com a secretaria estadual de Educação, comandada por Rowenna dos Santos Brito, afirmando que as pastas têm uma "sinergia perfeita".


"A educação é a 'divisão de base' da Ciência e Tecnologia, para ter os fundamentos para se desenvolver e jogar no time profissional", ponderou, fazendo uma analogia com o futebol.


Para tal, a Secti entra com a inovação, construindo laboratórios de robótica, audiovisual e games, por exemplo, com a finalidade de realizar um trabalho estruturado.


'A educação é a divisão de base da ciência e tecnologia', diz secretário no Scream


"Em outubro tivemos uma resolução no Conselho Estadual de Educação para criar a Educação Científica Curricular. Isso muda muito o processo, porque a gente deixa de fazer o trabalho de iniciação científica extracurricular, quando o professor não é remunerado para aquela função, e passa a fazer um trabalho estruturado, com professores contratados e remunerados", falou, destacando que é uma prática para todo o ano letivo e não apenas pontual, para alunos do 1º ao 3º ano do ensino médio.


"O aluno recebe um desafio para pensar, pesquisar, construir seu conhecimento e apresentar a solução, assim como ocorre nas universidades", completou.


Confira, abaixo, a íntegra da entrevista com André Joazeiro no Linha de Frente:



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