Mesmo com medida protetiva em vigor, Marcell Moraes divide espaço com irmã Marcelle em evento
Na solenidade de inauguração da unidade hospitalar, a única divisão entre ambos chegou a ser feita, apenas, pelo prefeito Bruno Reis (União) e a vice Ana Paula Matos (PDT)
Valter Pontes/Secom
Os irmãos Marcell e Marcelle Moraes (União), rompidos politicamente, dividiram o mesmo espaço na manhã desta segunda-feira (25/3) durante inauguração do Hospital Veterinário de Salvador. De acordo com ela, que é a atual secretária Sustentabilidade Resiliência e Bem-estar e Proteção Animal (Secis), em informação publicada sexta-feira (22/3) nas redes sociais, há uma medida protetiva em vigor contra o irmão.
Na solenidade de inauguração da unidade hospitalar, a única divisão entre ambos chegou a ser, apenas, o prefeito Bruno Reis (União) e a vice Ana Paula Matos (PDT). Em entrevista a veículos de imprensa, Bruno disse que Marcelle “abriu mão” da liminar contra o irmão. “Parece que Marcelle comunicou à Justiça, abriu mão hoje da medida protetiva que ela tinha [contra Marcell Moraes] e o evento pode ocorrer com tranquilidade”, afirmou, segundo o portal bahia.ba.
Questionada pelo Aratu On, a assessoria de imprensa de Marcelle, afirmou que atual secretária da Secis reitera o posicionamento publicado nas redes sociais a respeito da medida protetiva impetrada contra o irmão, sem, contudo, confirmar o que foi dito pelo prefeito.
Segundo advogados consultados pela reportagem do Aratu On, caso realmente tenha descumprido a medida protetiva, o deputado pode ser enquadrado no artigo 24-A da Lei Maria da Penha, que prevê detenção de três meses a dois anos.
Neste caso, conforme os juristas, a própria Marcelle podia solicitar, ou o Ministério Público da Bahia (MP-BA) pode propor a prisão de Marcell.
Na manifestação pública, Marcelle diz que há uma medida protetiva em vigor, desde janeiro de 2023, contra o irmão e ex-padrinho político. Ela afirma ter sido vítima de “inúmeras violências psicológicas ao longo dos anos”.
“Quero deixar claro que a Medida Protetiva não tem nenhuma motivação política, e sim resultado de inúmeros comportamentos agressivos, abusivos, manipuladores e tóxicos contra mim e minha família. Tais condutas foram praticadas reiteradamente por anos; e não tive alternativa senão buscar a Lei Maria da Penha numa tentativa de cessá-las para preservar minha saúde física e mental”, diz trecho da nota (veja abaixo).
O Aratu On questionou ao MP-BA se há respaldo legal para a presença de Marcell ao lado da irmã. A assessoria de imprensa do órgão ministerial diz que vai apurar a situação.
EX-ALIADOS
Marcell foi o principal cabo político do início da carreira política de Marcelle. Em 2022, no entanto, o ex-deputado expôs o rompimento dos dois. Na ocasião, ele chamou a irmã de “ingrata”, por não ter apoiado a candidatura de Carol dos Animais (Solidariedade) a deputada estadual, na última eleição.
Atualmente, enquanto Marcelle está licenciada do mandato de vereadora, Marcell foi cassado em 2020, por oito anos.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) moveu uma ação contra o deputado por abuso do poder econômico e propaganda eleitoral antecipada, após a realização de atendimento veterinário gratuito (vacinação e castração) em vários municípios do estado.
De acordo com o órgão, as campanhas tinham forte apelo visual da imagem do deputado em banners e cartazes, amplos gastos materiais e farta distribuição de panfletos e de carteiras de vacinação com logomarca do deputado.
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Na solenidade de inauguração da unidade hospitalar, a única divisão entre ambos chegou a ser, apenas, o prefeito Bruno Reis (União) e a vice Ana Paula Matos (PDT). Em entrevista a veículos de imprensa, Bruno disse que Marcelle “abriu mão” da liminar contra o irmão. “Parece que Marcelle comunicou à Justiça, abriu mão hoje da medida protetiva que ela tinha [contra Marcell Moraes] e o evento pode ocorrer com tranquilidade”, afirmou, segundo o portal bahia.ba.
Questionada pelo Aratu On, a assessoria de imprensa de Marcelle, afirmou que atual secretária da Secis reitera o posicionamento publicado nas redes sociais a respeito da medida protetiva impetrada contra o irmão, sem, contudo, confirmar o que foi dito pelo prefeito.
Segundo advogados consultados pela reportagem do Aratu On, caso realmente tenha descumprido a medida protetiva, o deputado pode ser enquadrado no artigo 24-A da Lei Maria da Penha, que prevê detenção de três meses a dois anos.
Neste caso, conforme os juristas, a própria Marcelle podia solicitar, ou o Ministério Público da Bahia (MP-BA) pode propor a prisão de Marcell.
Na manifestação pública, Marcelle diz que há uma medida protetiva em vigor, desde janeiro de 2023, contra o irmão e ex-padrinho político. Ela afirma ter sido vítima de “inúmeras violências psicológicas ao longo dos anos”.
“Quero deixar claro que a Medida Protetiva não tem nenhuma motivação política, e sim resultado de inúmeros comportamentos agressivos, abusivos, manipuladores e tóxicos contra mim e minha família. Tais condutas foram praticadas reiteradamente por anos; e não tive alternativa senão buscar a Lei Maria da Penha numa tentativa de cessá-las para preservar minha saúde física e mental”, diz trecho da nota (veja abaixo).
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EX-ALIADOS
Marcell foi o principal cabo político do início da carreira política de Marcelle. Em 2022, no entanto, o ex-deputado expôs o rompimento dos dois. Na ocasião, ele chamou a irmã de “ingrata”, por não ter apoiado a candidatura de Carol dos Animais (Solidariedade) a deputada estadual, na última eleição.
Atualmente, enquanto Marcelle está licenciada do mandato de vereadora, Marcell foi cassado em 2020, por oito anos.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) moveu uma ação contra o deputado por abuso do poder econômico e propaganda eleitoral antecipada, após a realização de atendimento veterinário gratuito (vacinação e castração) em vários municípios do estado.
De acordo com o órgão, as campanhas tinham forte apelo visual da imagem do deputado em banners e cartazes, amplos gastos materiais e farta distribuição de panfletos e de carteiras de vacinação com logomarca do deputado.
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