Placa da Rua Alaíde do Feijão é instalada e Suíca celebra: “Importante referência à luta do povo negro”
O edil petista usou a tribuna da Câmara da capital para celebrar a conclusão do processo e também para criticar a demora na instalação da placa. Essa homenagem foi garantida e reforça a relevância social, cultural e política da cozinheira, considerada por Suíca como “símbolo da resistência antirracista e feminista”
A placa que nomeia rua do Pelourinho com o nome de Alaíde do Feijão, famosa cozinheira de Salvador, foi instalada nesta quarta-feira (14/12) e celebrada pelo autor do projeto de lei que possibilitou a homenagem, vereador Luiz Carlos Suíca (PT). O edil petista usou a tribuna da Câmara da capital para celebrar a conclusão do processo e também para criticar a demora na instalação da placa. Essa homenagem foi garantida e reforça a relevância social, cultural e política da cozinheira, considerada por Suíca como “símbolo da resistência antirracista e feminista”.
“Depois de aprovado na Câmara, o projeto de lei, que teve um voto contrário, passou por alguns problemas, inclusive envolvendo o Ministério Público, mas vencemos e recebi uma foto da que me orgulhou muito com a placa já instalada. É preciso agradecer a todos que se empenharam para que essa placa fosse colocada. Exatamente hoje essa homenagem foi concluída. Tiramos o nome da rua de Laranjeiras, pois se referia a uma família escravocrata, para colocar o nome de uma mulher negra e lutadora do nosso estado. Isso é motivo de muito orgulho e uma importante referência à luta do povo negro”, descreve Suíca.
Para quem não conhece, Alaíde Conceição, mais conhecida como ‘Alaíde do Feijão’, nasceu em Salvador. Ela é filha de Maria das Neves e herdou da mãe os talentos culinários, seguindo os seus passos e mantendo viva a tradição da matriarca com a venda dos quitutes e pratos diferenciados. Em 1993, abriu seu primeiro restaurante no Centro Histórico, ampliando assim a variedade de refeições em seu cardápio. Em 2015, mudou-se da Ladeira da Ordem Terceira de São Francisco, para a Rua das Laranjeiras, transformando o seu antigo endereço em um Centro Cultural. A cozinheira faleceu no dia 31 de janeiro de 2022, assim como milhares de outras vítimas da covid-19.
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