O presidente do Peru, Pedro Castillo, anunciou a dissolução temporária do Congresso do país, nesta quarta-feira (7/12), e instaurou um "governo de emergência" algumas horas de enfrentar a terceira tentativa de destituição promovida por parlamentares da oposição.
Castillo, que assumiu o poder em julho de 2021, anunciou o estabelecimento de um "governo de exceção" no momento em que convocou novas eleições legislativas. "Prestando atenção às reclamações dos cidadãos por todo o país, tomamos a decisão de estabelecer um governo de exceção, orientado a restabelecer o Estado de Direito e a democracia", disse o presidente.
O chefe do executivo foi convocado ao Congresso às 15h (horário local) para responder a acusações de "incapacidade moral permanente" para governar, em meio a investigações e denúncias por suposta corrupção.
Parlamentares de oposição consideraram a decisão do presidente peruano um "golpe de Estado" e chamaram as Forças Armadas para "restabelecer a ordem constitucional".
SOBRE
Essa não é uma prática incomum no Peru das últimas décadas. Conforme Constituição elaborada durante o governo de Alberto Fujimori (1990-2000), o presidente pode dissolver o Parlamento e convocar novas eleições. Em 2019, o então presidente do país, Martín Vizcarra, adotou uma medida similar para ampliar seu capital político, mas não decretou exceção, nem falou em alterar a Carta Magna.
Com informações da Reuters.
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