Ministro baiano do TCU toma decisão que pode beneficiar cliente do filho advogado
A avaliação no setor de energia é que o grau de parentesco levanta dúvidas sobre conflito de interesse, e que o ministro deveria ter se declarado impedido para participar do julgamento do caso
O ministro baiano Aroldo Cedraz tem atrasado o julgamento de um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) que pode prejudicar o grupo empresarial que é atendido por seu filho, o advogado Tiago Cedraz, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo.
A avaliação no setor de energia é que o grau de parentesco levanta dúvidas sobre conflito de interesse, e que o ministro deveria ter se declarado impedido para participar do julgamento do caso. O processo em questão foi aberto a partir de questionamentos do governo de Santa Catarina, que pede a anulação de um leilão emergencial de energia, batizado de Procedimento Competitivo Simplificado (PCS). O preço pago pela energia é muito acima da média e, pelas projeções, eleva a conta de luz em quase R$ 40 bilhões.
O certame validou 17 usinas em outubro do ano passado, com diferentes potências e valores a receber. Praticamente metade, quase R$ 18 bilhões, caberia a quatro projetos da Âmbar, empresa de energia controlada pela J&F, que também detém a JBS, maior produtora de carne do mundo. Tiago Cedraz defende judicialmente a J&F, a holding que controla as empresas do grupo, em ao menos uma discussão, a disputa pela Eldorado Brasil Celulose.
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