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Grupo que enviava garotas para prostituição fora do Brasil é alvo da PF, que faz buscas na Bahia

A corporação identificou uma rede de aliciadores que age no Brasil e no exterior e teria enviado mulheres para cinco países diferentes.

Por Da Redação

Grupo que enviava garotas para prostituição fora do Brasil é alvo da PF, que faz buscas na Bahia divulgação / Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça (27/4) uma operação batizada de "Harem BR" para desarticular um grupo criminoso voltado ao tráfico de mulheres para fins de exploração sexual.


As investigações apontam que uma rede de aliciadores que age no Brasil e no exterior e teria enviado mulheres para cinco países diferentes. Há indícios de que menores de 18 anos foram envolvidas no esquema.


Agentes cumprem nove mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva nas cidades de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, São Paulo, Goiânia, Foz do Iguaçu, Venâncio Aires e Rondonópolis. As ordens foram expedidas pela 1ª Vara da Justiça Federal em Sorocaba.


Segundo a PF, quatro mandados de prisão já foram executados no Brasil, sendo que o principal alvo da ofensiva foi detido em São Paulo, no bairro Granja Julieta. As outras ordens foram cumpridas em Foz do Iguaçu, Goiânia e Rondonópolis. Dois mandados de busca foram cumpridos em Lauro de Freitas. 


Os investigadores apontaram ainda que as outras ordens de prisão foram incluídas na Difusão Vermelha da Polícia Internacional (Interpol), diante da suspeita de que alguns investigados estejam fora do Brasil, mais precisamente no Estados Unidos, Espanha, Portugal e Austrália.




Segundo a corporação, as investigações da "Harem BR" tiveram início em 2019, em um desdobramento da operação "Nascostos", que mirou um grupo de estelionatários que praticava fraudes pela internet, clonando cartões de crédito.


No inquérito, a Polícia Federal identificou que algumas das compras feitas pelos estelionatários com cartões clonados foram de passagens aéreas, as quais tiveram como destinatárias duas mulheres que viajaram a Doha, no Catar.


Elas foram identificadas como vítimas de exploração sexual, e, segundo os investigadores, "relataram cerceamentos de direitos a que foram submetidas nesse destino, bem como que receberam as passagens de um indivíduo que as agenciou para a prática dos atos de prostituição".


“Com o avanço das investigações, identificou-se uma rede de agenciadores/aliciadores que atua na exploração sexual tanto em território nacional quanto no exterior. Até o momento, a investigação apurou que os países nos quais houve viagens para fins de exploração sexual são Brasil, Paraguai, Bolívia, Estados Unidos, Catar e Austrália”.


A PF apura a apresentação de documentos possivelmente falsos perante a embaixada da Austrália no Brasil para dar entrada em pedidos de vistos australianos, como holerites e comprovantes de vínculos empregatícios.


De acordo com a PF, os crimes investigados são: favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, tráfico de mulheres para fins de exploração sexual; falsidade material e/ou ideológica e uso de documento falso; favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual e Rufianismo.


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