Batalhão de Choque vai ocupar as ruas de Salvador após escalada da violência; "ampliar a segurança", diz comandante
O comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho, avaliou, porém, que os números estão caindo.
O Batalhão de Choque vai patrulhar as ruas de Salvador de forma mais cotidiana, segundo anunciou nesta quinta-feira (13/5) a Polícia Militar. O lançamento da operação, batizada de "Grifo", vai acontecer nesta sexta-feira (14/5).
A ação ocorre após o início de ano mais violento dos últimos seis anos em relação aos homicídios. Somente na capital, foram 477 casos entre janeiro e abril, segundo reportagem do Aratu On publicada no início de maio com dados da Secretaria da Segurança Pública.
De acordo com a própria corporação, o objetivo da "Grifo" é incrementar o policiamento motorizado, realizado pela Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo), em horários e dias pré-estabelecidos, através de um planejamento estratégico e técnico em áreas que necessitam de reforço policial.
O comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho, avaliou, porém, que os números estão caindo. “A operação visa fortalecer ainda mais a redução do número de Crimes Violentos Letais Intencionas (CVLI), que tiveram queda nos primeiros meses de 2021, vamos intensificar o policiamento com equipes da Patamo e das Companhias Independentes para coibir esses crimes e ampliar a segurança de todos”, disse nas redes sociais.
VIOLÊNCIA
No último dia 5 de maio, uma reportagem do Aratu On mostrou que Salvador vive o início de ano mais sangrento desde 2014. Os números revelaram que foram 477 vítimas de homicídios entre janeiro e abril somente na capital segundo dados da própria Secretaria da Segurança Pública.
Mas o que está por trás destes números? Durante entrevista dada por vídeo (você dá play logo abaixo) ao Aratu On, o professor de estratégia e gestão pública do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, Sandro Cabral, argumentou que o problema está no que ele chama de "cultura da violência". "Somos uma sociedade violenta e isso não é exclusividade da Bahia. Tendemos a usar formas privadas para solucionar conflitos, ao invés de buscar a Justiça", reforça.
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