Suspeita de manter babá em cárcere privado presta depoimento e é hostilizada por vizinhos ao retornar de delegacia: “criminosa!”
Depois da repercussão do caso, outras seis ex-funcionárias relataram comportamento agressivo, ausência de registro e recusa de pagar pelo trabalho.
Após ficar por mais de cinco horas na 9ª Delegacia Territorial (DT/Boca do Rio), onde prestou depoimento, na tarde de quinta-feira (26/8), a mulher suspeita de agredir e manter a babá de seus filhos em cárcere privado foi hostilizada pelos próprios vizinhos, ao retornar para o prédio onde vive, no bairro do Imbuí, em Salvador.
Melina Esteves França foi levada para casa em uma viatura policial, acompanhada de um advogado, mas nada impediu que os vizinhos manifestassem suas indignações por meio de vaias e gritos lhe acusando de ser “criminosa”.
Suspeita de manter babá em cárcere privado é hostilizada por vizinhos no bairro do Imbuí pic.twitter.com/VENcNu04Cl
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Ainda na saída da delegacia, a mulher também havia sido hostilizada por algumas pessoas que a esperavam do lado de fora, proferindo palavras de baixo calão como "vagabunda" e "pu*a" contra a empregadora. Inclusive, durante o tumulto, Melina chegou a atacar a equipe de reportagem da TV Aratu.
Suspeita de agredir babá no Imbuí ataca equipe de reportagem da TV Aratu; "derrubou o conector do microfone". Saiba mais: https://t.co/pRojSFTPWe
Vídeo: Ramon Lisbôa (@oRamonLisboa)/TV Aratu pic.twitter.com/rzloMOEkjB
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Milena é mãe de trigêmeas, de 1 ano e 9 meses, e mais um filho. A polícia investiga se ela cometeu o crime de cárcere contra Raiana Ribeiro da Silva, de 25 anos. O caso veio à tona após Raiana se jogar do 3ª andar do local onde trabalhava há uma semana, cuidando de três crianças.
A vítima conta que as agressões começaram já nos primeiros dias e, após ela tentar se desvencilhar, foi mantida presa em um banheiro pela patroa, de onde acabou se jogando para se libertar. Raiana sofreu fraturas no pé com a queda.
Antes de se jogar, Raiana chegou a enviar uma mensagem de áudio pedindo ajuda aos familiares em um aplicativo de mensagens, mas teve o celular confiscado pela patroa. Sob uma cama, Raiana relatou o ocorrido à repórter Lícia Fontenele que "vai correr atrás de justiça" contra a patroa.
"Eu não sou obrigada a ficar num lugar que não me agrada. Ela tinha que me deixar ir. Quando eu cheguei ela não conversou comigo, só falou quando voltou da rua. Aí, ela disse que ia assinar minha carteira em janeiro. Na terça-feira, quando eu falei que ia embora, ela não aceitou. Não teve motivo nenhum para ela me agredir. Eu disse que só ia ficar até quarta-feira. Aí, ela falou: 'ah, vagabunda...você vai ver como vai sair daqui'. Aí, começou a esculhambar minha mãe, minhas tias", detalhou.
Babá que se jogou de 3º andar de prédio em Salvador relata momento das agressões. pic.twitter.com/b62iEgsutq
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Depois da repercussão do caso, outras seis ex-funcionárias relataram comportamento agressivo, ausência de registro e recusa de pagar pelo trabalho.
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