Após manifestação de moradores, policiamento é reforçado no Nordeste de Armaralina
Segundo familiares da vítima, os policiais chegaram atirando. O irmão de Marcelo afirmou que ele era inocente e estava apenas na rua em que moravam.
Após uma manifestação que fechou, ontem (28/12), a rua Visconde de Itaborahy, em Salvador, uma das principais do bairro do Nordeste de Amaralina, a região está, nesta quarta-feira (29/12), com policiamento reforçado. Unidades territoriais e especializadas foram implantadas no local.
Por meio de nota, a Polícia Militar informou que as viaturas especiais foram instaladas estrategicamente nas entradas, saídas e finais de linha. Com o policiamento na região, carros, motocicletas e ônibus foram alvos de abordagens. Além dos meios de transporte, pedestres também foram abordados, na tentativa de impedir, segundo os policias, ações "ilícitas".
Em pedido á população, a PM solicita que qualquer movimentação suspeita possa ser informada através dos telefones 190 (Centro Integrado de Comunicações - Cicom) e 181 (Disque Denúncia). Segundo as autoridades. "O sigilo é garantido.", ressaltaram em nota.
ENTENDA O CASO:
A manifestação ocorrida ontem, aconteceu em protesto á morte de um jovem identificado como Marcelo. Ele foi baleado durante uma operação da Polícia Militar (PM) no sábado (24/12),
Segundo familiares da vítima, os policiais chegaram atirando. O irmão de Marcelo afirmou que ele era inocente e estava apenas na rua em que moravam. "[...] A morte do meu irmão vai ter justiça! [...] Por que somos pretos, da comunidade, acham que não temos educação? [...] Eles iam levar meu irmão como indigente", disse, em entrevista na manhã de quarta-feira.
Por meio de nota à imprensa, a PM informou que guarnições da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT)/Rondesp Atlântico foram recebidos a tiros por suspeitos armados e revidaram, versão negada por testemunhas, moradores do local dos disparos.
Além de Marcelo, um homem identificado como Adeilton, de 34 anos, também, foi baleado na ação e socorrido para o HGE.
ENTENDA O CASO: Manifestações
Na tarde de ontem, quarta-feira (28/12), familiares e amigos do garoto realizaram um protesto e fecharam a rua Visconde de Itaborahy, no bairro onde o crime ocorreu. Eles utilizaram restos de pneus e outros objetos para formar uma barreira de fogo foi formada. Um ônibus foi atravessado na via. O jovem faleceu horas antes do início das manifestações.
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