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Diretora da OMC se opõe aos países ricos e pede democratização na fabricação de vacinas

Okonjo-Iweala, que é ex-ministra de Finanças da Nigéria e até recentemente era presidente do conselho da coalizão global GAVI - para o acesso igualitário ao número limitado de vacinas -, assumiu o principal cargo do órgão de fiscalização do comércio global na semana passada.

Por Da Redação

Diretora da OMC se opõe aos países ricos e pede democratização na fabricação de vacinasarquivo pessoal/Facebook @NgoziOkonjoIweala

A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, pediu na terça-feira (9/3) uma ação urgente para aumentar a produção de vacinas contra a Covid-19 nos países em desenvolvimento. A nigeriana afirmou que unidades de produção poderiam ser construídas em seis a sete meses ou menos da metade do tempo anteriormente imaginado.


Okonjo-Iweala, que é ex-ministra de Finanças da Nigéria e até recentemente era presidente do conselho da coalizão global GAVI - para o acesso igualitário ao número limitado de vacinas -, assumiu o principal cargo do órgão de fiscalização do comércio global na semana passada. Ela disse que a saúde e o acesso às vacinas constituirão prioridade.


"O fato é que cada dia a mais em que a escassez das vacinas continuar, as pessoas pagarão com suas vidas", sustentou Okonjo-Iweala em uma cúpula de dois dias focada na produção de imunizantes contra a Covid-19, acrescentando que cerca de 130 países ainda aguardam pelas vacinas.


Ela alegou que as restrições à exportação relacionadas à pandemia têm caído nos últimos meses. Ela apelou aos países para que retirem ou reduzam as restrições remanescentes, ou definam prazos para sua eliminação, para ajudar a minimizar os problemas na cadeia de suprimentos de vacina.


Por sua vez, os membros da OMC devem discutir uma possível renúncia aos direitos de propriedade intelectual para medicamentos contra a Covid-19 ainda nesta quarta-feira (10/3), medida que pode permitir que os produtores em mais países comecem a fabricar doses dos imunizantes.


Atualmente, as negociações estão sob impasse, com vários países ricos opondo-se à renúncia, afirmando que isso prejudicará a custosa pesquisa que permitiu, primeiramente, a produção de vacinas contra a doença.


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