Última homenagem a Arlindo Cruz reúne multidão no Império Serrano
Fãs, familiares e amigos vestiram branco em cerimônia que misturou tradição do samba e ritual afetivo para despedida de Arlindo Cruz
Por Da Redação.
Uma multidão compareceu à quadra do Império Serrano, em Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, para prestar as últimas homenagens a Arlindo Cruz, ícone do samba brasileiro. O evento, que começou na noite de sábado (9) e seguiu até as 10h de domingo (10), foi marcado por batucadas, cantos e uma atmosfera de celebração - como era o desejo do próprio artista.
Arlindinho, filho do compositor, emocionou o público ao interpretar clássicos como "O Show Tem Que Continuar", acompanhado de seu cavaquinho. Em depoimento, ele destacou o legado do pai:
"Meu pai, até na hora de partir, foi ensinamento, de sempre lutar, lutar pela vida, lutar para estar aqui, para estar perto dos filhos, perto de quem ama. Mas ele vai estar sempre vivo. O legado dele tá aí, a obra, os ensinamentos dele estão aí", afirmou. "Meu pai fazia do pior momento, o momento mais especial. Ele extraía o melhor até da pior situação", completou.
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Babi Cruz, viúva do sambista, demonstrou profunda comoção ao se despedir do marido, sendo amparada pela filha caçula, Flora Cruz.
O cortejo fúnebre seguiu em um veículo do Corpo de Bombeiros até o Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, onde o artista foi sepultado em cerimônia reservada à família. A despedida manteve o tom de reverência à cultura popular que marcou a trajetória de um dos maiores nomes do samba brasileiro.
Luto no samba: Arlindo Cruz morre aos 66 anos
O cantor, compositor e multi-instrumentista Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, no hospital Barra D'Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O artista sofria das consequências de um AVC hemorrágico ocorrido em 2017 e, desde então, enfrentava uma longa recuperação.
Nascido em 14 de setembro de 1958, no Rio de Janeiro, Arlindo ganhou o primeiro cavaquinho aos 7 anos e logo desenvolveu habilidade em diversos instrumentos. Começou a tocar de ouvido aos 12 e aprendeu violão com o irmão, Acyr Marques. Na juventude, estudou teoria musical e violão clássico na escola Flor do Méier.
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