Papa diz que deportações de Trump são atentados 'contra a dignidade'
O Vaticano reforçou que a Igreja Católica continuará a trabalhar em defesa dos migrantes
Por Bruna Castelo Branco .
Nesta terça-feira (11), o papa Francisco criticou publicamente a intenção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de realizar deportações em massa de imigrantes. Em uma carta dirigida aos arcebispos dos Estados Unidos e divulgada pelo Vaticano, o pontífice afirmou que essa política "atenta contra a dignidade" das pessoas.
O líder da Igreja Católica disse, no comunicado, que muitos migrantes deixam seus países de origem devido a "pobreza extrema, insegurança, exploração, perseguição ou pela grave deficiência do meio ambiente". Segundo ele, a deportação dessas pessoas "atenta contra a dignidade de muitos homens e mulheres, de famílias inteiras, e os coloca em um estado de especial vulnerabilidade e falta de proteção".
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Em uma carta dirigida aos arcebispos dos Estados Unidos e divulgada pelo Vaticano, o pontífice afirmou que essa política
O jesuíta argentino reforçou a importância de acolher e proteger aqueles que buscam refúgio em outros países, especialmente em situações de extrema necessidade. A carta do papa foi interpretada como um posicionamento claro contra as políticas migratórias defendidas por Trump, que incluem medidas mais rígidas para deportação e controle de fronteiras.
Histórico
A declaração do Vaticano ocorre em um momento de intenso debate sobre imigração nos Estados Unidos, onde o governo Trump tem adotado medidas controversas, como a separação de famílias na fronteira com o México e a ampliação de deportações. O papa Francisco, conhecido por defender direitos de imigrantes e refugiados, já havia se manifestado anteriormente sobre o tema, pedindo mais compaixão e solidariedade.
A carta não menciona diretamente o nome de Trump, mas a referência às deportações em massa deixa clara a crítica às políticas do governo norte-americano. O Vaticano reforçou que a Igreja Católica continuará a trabalhar em defesa dos migrantes e a promover ações que garantam sua dignidade e proteção.
Até o momento, não houve reação oficial da Casa Branca às declarações do papa Francisco. O tema, no entanto, deve continuar a gerar debates tanto nos Estados Unidos quanto internacionalmente.
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Até o momento, não houve reação oficial da Casa Branca às declarações do papa Francisco. | Foto: Pexels