Conversa fiada? Após prometer diminuir ataques, Rússia volta a bombardear Ucrânia
Em seu discurso na noite desta terça-feira (29/3), o presidente da Ucrânia disse que as negociações entre os países em guerra ocorrida pela manhã foram "positivas, mas não abafam as explosões de bombas russas".
Um dia depois que as negociações de paz deram esperança de uma diminuição do ataque da Rússia à Ucrânia, autoridades locais relataram novos ataques nesta quarta-feira (30/3), nos arredores de Kiev e na cidade de Chernihiv, no norte - duas áreas onde a Rússia prometeu reduzir as operações.
De acordo com o Estadão, os ataques sinalizam que Moscou não tem pressa em encerrar a guerra, agora com cinco semanas, apesar das declarações dadas nesta última terça-feira (29/3). Outras localidades do país também sofreram ataques russos.
Em Chernihiv, no norte, um ataque durante a última madrugada deixou 25 pessoas feridas. A cidade, ao lado de Kiev, é justamente onde a Rússia disse que ia reduzir sua presença militar. Em entrevista à CNN, o prefeito, Vladislav Astroshenko, disse que os ataques são provas de que "a Rússia sempre mente". "Eles estão dizendo que reduziram a intensidade, na verdade aumentaram a intensidade dos golpes", disse.
Na região de Kiev, alarmes aéreos foram disparados durante a madrugada e armadilhas foram encontradas em Irpin, subúrbio da capital. A informação é de Vadim Denisenko, assessor do ministro do Interior da Ucrânia. Ele também citou outras regiões, principalmente no leste, com alertas de ataques.
"Na verdade, não havia áreas [do país] sem sirenes. De manhã eles se repetiram. Em particular, em Donbas - Kramatorsk, Bakhmut - a cidade de Kiev, região de Kiev, etc. Houve bombardeio em Chernihiv. Houve bombardeio em região de Khmelnytsky. Em Kiev, vários foguetes foram abatidos sobre a capital", declarou.
Em seu discurso na noite desta terça-feira (29/3), o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, disse que as negociações entre os países em guerra ocorrida pela manhã foram "positivas, mas não abafam as explosões de bombas russas". Ele acrescentou que a Ucrânia não tem intenção de reduzir seus esforços militares - que começam a dar resultado em algumas contraofensivas.
Zelenski ainda afirmou que os ucranianos "não são pessoas ingênuas" e que não viu "nenhuma razão para confiar nas palavras de certos representantes de um Estado que continua lutando por nossa destruição".
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