Após defesa de policial alegar overdose de drogas, médico confirma que morte de George Floyd foi homicídio
O médico reconheceu que o ex-segurança negro tinha problemas cardíacos e presença de drogas no organismo, mas reiterou que a morte dele foi causada pela manobra do policial, que colocou o joelho sobre o pescoço de Floyd
O médico legista que realizou a autópsia no norte-americano George Floyd, morto em maio do ano passado, concluiu que a morte foi um homicídio pelas mãos da polícia. O depoimento foi dado nesta última sexta-feira (9/4), no julgamento do ex-policial Derek Chauvin, acusado do assassinato.
A análise das fotos da autópsia foi feita pelo dr. Andrew Baker, legista-chefe do condado de Hennepin. Ele reconheceu que o ex-segurança negro tinha problemas cardíacos e presença de drogas no organismo, mas reiterou que a morte dele foi causada pela manobra do policial, que colocou o joelho sobre o pescoço de Floyd.
Durante o julgamento, ele afirmou que a morte do homem negro se deu por "parada cardiorrespiratória agravada por dominação, contenção e compressão do pescoço". Segundo o médico, o coração de Floyd parou de bater e seus pulmões pararam de funcionar após a manobra de Chauvin, pois houve uma privação de oxigênio ao corpo.
A defesa do policial chegou a argumentar que Floyd teria morrido por overdose de drogas. Os promotores, no entanto, também apresentaram depoimentos de quatro outros especialistas médicos para desafiar essa tese.
O assassinato de George Floyd ocorreu em 25 de maio de 2020. Na ocasião, Chauvin, policial branco, foi visto em vídeos da prisão ajoelhado por mais de nove minutos no pescoço do homem, que era negro. A morte de Floyd gerou protestos contra o racismo e a brutalidade policial em muitas cidades dos Estados Unidos e ao redor do mundo.
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