Papa Francisco abre possibilidade para padres concederem bênçãos a casais do mesmo sexo
A declaração de Francisco foi uma resposta a cinco cardeais conservadores na chamada "dubia" (dúvidas, em latim), em que o papa recebe perguntas sobre temas variados.
Créditos da foto: Vatican News
O papa Francisco deixou aberta a possibilidade de padres católicos darem bênçãos a casais formados por pessoas do mesmo sexo. A informação foi publicada, nesta terça-feira (3/10), pelo jornal Folha de São Paulo. A iniciativa, segundo o pontífice, deve ser limitada, decidida caso a caso, e não confundida com cerimônias de casamentos heterossexuais.
A declaração de Francisco, conforme a publicação, foi uma resposta a cinco cardeais conservadores na chamada "dubia" (dúvidas, em latim), em que o papa recebe perguntas sobre temas variados. Um dos questionamentos mencionou que a bênção a casais do mesmo sexo estava se tornando "relativamente comum" na Alemanha.
O debate por escrito ocorreu em julho, e o Vaticano publicou o posicionamento do papa nesta segunda-feira (2/10), após os cinco cardeais manifestarem insatisfação com as respostas de Francisco.
"Em nosso relacionamento com as pessoas, não devemos perder a caridade pastoral, que deve permear todas as nossas decisões e atitudes", disse o papa na resposta, segundo o Vatican News, o portal de notícias oficial da Santa Sé. "Quando se pede uma bênção, está se expressando um pedido de ajuda a Deus, uma súplica para poder viver melhor, uma confiança em um Pai que pode nos ajudar a viver melhor."
O pontífice enfatizou, porém, segundo o jornal, que o posicionamento da igreja é claro em relação ao sacramento do matrimônio, e que esse deve ocorrer apenas entre um homem e uma mulher. Disse ainda que a instituição deve evitar qualquer outro ritual que contrarie esse ensinamento.
Para Francisco, a Igreja não deve agir como "juízes que apenas negam, rejeitam e excluem". Segundo ele, algumas vezes os pedidos de bênção são oportunidades para que as pessoas "se aproximem de Deus e tenham vidas melhores", mesmo que alguns atos sejam "objetivamente moralmente inaceitáveis".
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A declaração de Francisco, conforme a publicação, foi uma resposta a cinco cardeais conservadores na chamada "dubia" (dúvidas, em latim), em que o papa recebe perguntas sobre temas variados. Um dos questionamentos mencionou que a bênção a casais do mesmo sexo estava se tornando "relativamente comum" na Alemanha.
O debate por escrito ocorreu em julho, e o Vaticano publicou o posicionamento do papa nesta segunda-feira (2/10), após os cinco cardeais manifestarem insatisfação com as respostas de Francisco.
"Em nosso relacionamento com as pessoas, não devemos perder a caridade pastoral, que deve permear todas as nossas decisões e atitudes", disse o papa na resposta, segundo o Vatican News, o portal de notícias oficial da Santa Sé. "Quando se pede uma bênção, está se expressando um pedido de ajuda a Deus, uma súplica para poder viver melhor, uma confiança em um Pai que pode nos ajudar a viver melhor."
O pontífice enfatizou, porém, segundo o jornal, que o posicionamento da igreja é claro em relação ao sacramento do matrimônio, e que esse deve ocorrer apenas entre um homem e uma mulher. Disse ainda que a instituição deve evitar qualquer outro ritual que contrarie esse ensinamento.
Para Francisco, a Igreja não deve agir como "juízes que apenas negam, rejeitam e excluem". Segundo ele, algumas vezes os pedidos de bênção são oportunidades para que as pessoas "se aproximem de Deus e tenham vidas melhores", mesmo que alguns atos sejam "objetivamente moralmente inaceitáveis".
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